Após o anúncio de volta às aulas, MPDFT faz vistoria em escolas
GDF anunciou o retorno de forma escalonada a partir de 5 de agosto
Após o anúncio do retorno das aulas da rede pública pelo governo do Distrito Federal, o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios do DF (MPDFT) iniciou, nesta quarta-feira (28/07), uma vistoria para verificar as condições das instituições de ensino fundamental e médio.
Ao todo, promotores e procuradores de Justiça irão percorrer 18 unidades educacionais em diversas regiões do DF como: Gama, Santa Maria, Taguatinga, Ceilândia, Planaltina, Sobradinho, Samambaia, Recanto das Emas, Núcleo Bandeirante, Plano Piloto, Estrutural, Guará, São Sebastião e Brazlândia.
A operação da força-tarefa irá avaliar o distanciamento das carteiras nas salas de aula e o espaço de movimentação de professores e estudantes. Também será verificado toda a estrutura da escola é adequação das normas de segurança contra a Covid-19, como a aferição de temperatura no momento do acesso.
O MPDFT ainda irá avaliar na visita, como serão realizadas as ações de higienização de objetos e ambientes, no intervalo entre os turnos escolares e, se a escola tem produtos suficientes, como papel toalha, álcool gel, sabão e máscaras, entre outros itens.
A capacitação dos funcionários para as medidas de prevenção e controle da Covid-19 também será alvo da avaliação do MPDFT. O órgão quer saber se, na hipótese de casos suspeitos ou confirmados de coronavírus na escola, como ocorrerá o monitoramento no período de afastamento necessário para a reorganização e para impedir a transmissão do vírus.
“Existe a necessidade de fiscalizar e orientar os responsáveis para que esse tão esperado retorno ocorra de forma tranquila, comprometida e segura”, afirmou o coordenador da força-tarefa para ações de enfrentamento à Covid-19 do MPDFT, José Eduardo Sabo.
Prejuízos na educação
A promotora de Justiça de Defesa da Educação, Cátia Vergara, afirmou que os prejuízos decorrentes do fechamento das escolas são muitos, especialmente para os estudantes que não têm acesso ao ensino remoto ou têm dificuldade de acessá-lo.
“As escolas públicas estão fechadas há mais de um ano, um dos períodos mais longos em comparação a outros estados e países. É indispensável a retomada, e estamos atentos para verificar se os ambientes estão organizados e as equipes, orientadas para impedir a propagação da Covid-19”, disse.
Durante a entrevista coletiva realizada no Palácio do Buriti, nessa terça-feira (27/07), a secretária de Educação, Hélvia Paranaguá afirmou que, mesmo com as escolas abertas, o ensino ainda seguirá de forma remota, principalmente, para os estudantes que apresentam necessidades especiais ou comorbidades. Segundo a secretária, haverá o revezamento entre os alunos e cada escola será responsável por organizar a logística.
“A regra geral é 50% em sala de aula e 50% no remoto”, afirmou.
A secretária ainda defendeu que o retorno é necessário pois o Distrito Federal foi o primeiro a suspender as aulas presenciais no país. Segundo a chefe da pasta, os alunos precisam do acesso à educação.
Horário reduzido
Também em coletiva, o governo anunciou que, neste primeiro momento, as aulas presenciais no DF terão o horário reduzido.
Segundo a secretária de Educação do DF, Hélvia Paranaguá, os alunos ficarão no ambiente escolar por apenas 4 horas e o tempo de aula menor ocorre para uma melhor higienização das escolas, na troca de turno entre as crianças e adolescentes.
Os professores, por sua vez, após finalizarem as 4h diárias, terão de dedicar mais 1 hora para os alunos que estarão no ensino remoto.
Confira o calendário para o retorno das aulas