MPDFT envia ofício ao Ministério da Saúde pedindo mais vacinas ao DF
Força-tarefa defende que grande número de doses aplicadas a moradores de outros estados precisa ser considerado nas remessas do governo federal
O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), por meio da força-tarefa de enfrentamento à Covid-19, encaminhou um ofício ao Ministério da Saúde reforçando a solicitação de aumento no número de doses da vacina contra o novo coronavírus, encaminhadas ao DF.
A justificativa do pedido, segundo o coordenador do grupo, procurador de Justiça José Eduardo Sabo, é o atendimento à população do entorno e aos órgãos federais e de segurança pública que têm sede em Brasília. O MPDFT já havia enviado dois ofícios à pasta para reforçar o pedido feito pela Secretaria de Saúde (SES).
No final de março, a SES estimou que cerca de 20% das pessoas imunizadas na capital moravam fora do Distrito Federal, o que, conforme a pasta, não é levado em conta na distribuição de doses pelo Ministério da Saúde. O MPDFT oficiou a secretaria para que informe o número atual de pessoas vacinadas provenientes do Entorno.
“O MPDFT continua com uma grande preocupação: a quantidade de vacinas disponibilizadas ao Distrito Federal. Estamos um pouco mais lentos do que o ritmo inicial em razão da quantidade recebida, e isso porque sediamos os três poderes, forças de segurança e instituições federais, além do grande fluxo de pessoas do entorno”, ressalta José Eduardo Sabo.
Desigualdade
O procurador também chamou atenção para o fato de o DF ter observado a prescrição de não aplicar a segunda dose em pessoas que já haviam tomado a primeira em outros estados. Entretanto, os estados que não cumpriram a regra receberam mais doses da vacina, ao contrário do Distrito Federal, gerando uma situação de desigualdade. “Precisamos ser vacinados nas mesmas condições que os demais estados”, defende o coordenador da força-tarefa.
Outra questão debatida na reunião realizada nesta quarta-feira (19/5), foi a situação dos pacientes com doenças e síndromes raras, como a Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA), que não foram incluídos na lista de comorbidades que serão atendidas pelo Programa Nacional de Imunização (PNI). A força-tarefa do MPDFT deve analisar o tema e tomar providências para que essas pessoas sejam imunizadas o mais rápido possível.