Professor emérito da UnB, Onildo João Marini, morre após lutar contra câncer – Mais Brasília
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Professor emérito da UnB, Onildo João Marini, morre após lutar contra câncer

Pesquisador estava em tratamento contra a doença e faleceu nessa segunda (8/11)

Foto: Heloíse Corrêa/Secom UnB

A Universidade de Brasília (UnB) perdeu, nessa segunda-feira (8/11), o professor Onildo João Marini, aos 82 anos. Ele estava em tratamento contra um câncer.

Em nota, a UnB lamentou a morte de Onildo. “Com reconhecida experiência em mapeamento geológico, o professor Marini foi um dos fundadores do curso de geologia e sua atuação foi fundamental para a criação do mestrado em geociências da Universidade de Brasília. Foi duas vezes chefe do departamento de geologia e responsável pela criação do Instituto de Geociências, em 1988”.

O pesquisador contribuiu para a formação de gerações de profissionais. Em maio de 2019, recebeu o título de emérito, entregue pela reitora Márcia Abrahão, sua aluna do curso de geologia. “Se pudesse voltar no tempo, pouca coisa teria feito diferente. Agradeço aos que viveram e batalharam junto comigo e também aos meus ex-alunos, meu grande orgulho”, disse Marini, no dia da homenagem.

Onildo graduou-se em geologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), foi professor da Universidade Estadual Paulista (Unesp) em Rio Claro, onde cursou o doutorado sob orientação do professor alemão Heinz Ebert. O pós-doutorado foi realizado na Universidade de Western Ontário, no Canadá. O geólogo trabalhou na Petrobras, na Comissão da Carta Geológica do Paraná, ficando encarregado pela cartografia da Folha Geológica de Araucária.

Na UnB, ele fez parte do grupo de 223 docentes demitidos, em 1965. O fato é narrado no livro “A universidade interrompida: 1964-1965”, publicado pela Editora UnB.

Em 1971, o professor retornou à instituição liderando diversas iniciativas e coordenando projetos, como a reestruturação do trabalho final de graduação e a viabilização de convênios com organizações, entre elas o Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) e a Eletronorte. Também publicou mais de uma centena de trabalhos científicos.

Além da trajetória acadêmica, o professor preservou laços afetivos com a universidade. O filho, Miguel Ângelo Marini, é professor do departamento de zoologia, do Instituto de Ciências Biológicas.

O velório ocorreu nessa terça-feira (9/11), no Cemitério Campo da Esperança, na Asa Sul.