Médico é acusado de homicídio culposo após parto matar bebê por asfixia no Sudoeste
Médico ainda responde por outro caso de erro médico
A Justiça do DF aceitou a acusação do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) e tornou réu por homicídio culposo o médico Shakespeare Novaes Cavalcante de Melo.
Ele é acusado de causar a morte de um bebê recém-nascido, por negligência profissional. O caso aconteceu em uma clínica particular do Sudoeste, em Brasília, em 2021.
De acordo com o processo, o bebê sofreu traumatismo cranioencefálico após o médico utilizar um vácuo extrator para retirá-lo do útero da mãe. A ferramenta é usada para sugar o bebê.
Segundo a família, a gestante deu entrada na unidade e estava planejado uma cesárea. Mas este médico insistiu em um parto normal. O pai da criança contou que o procedimento foi assustador.
“Depois de muitas tentativas e posições, enfim, um estampido muito forte. Um barulho muito forte, como se fosse um desentupidor de pia mesmo. Eu orava nessa hora, eu não conseguia reagir”.
Após esse episódio, o médico decidiu por uma cesárea emergência. O bebê nasceu, mas morreu após 13 horas o parto.
De acordo com o laudo do IML, o recém-nascido morreu por asfixia por sofrimento fetal agudo, causado pelo uso do vácuo extrator.
Os pais do bebê registraram um boletim de ocorrência contra o profissional.
Segundo o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT), o médico ainda responde por outro caso de erro médico com o uso do mesmo aparelho.