Justiça determina internação de mulher que tentou sequestrar criança na Asa Sul
Assistente social do CAPS informou que Maria Zilda Pinto Alves está em tratamento desde 2017 e que possui leito disponível em hospital psiquiátrico
A Justiça do Distrito Federal determinou, nessa quinta-feira (26/5), a internação compulsória de Maria Zilda Pinto Alves, de 49 anos. A moradora de rua tentou sequestrar uma criança de 1 ano e 5 meses, em um parquinho localizado na 310 Sul.
A decisão da juíza substituta do Núcleo de Audiência de Custódia (NAC) ocorreu após uma assistente social do Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) de Taguatinga informar que a mulher está em tratamento desde 2017 e que possui leito disponível em hospital psiquiátrico.
Ao analisar a necessidade de manutenção da prisão, a magistrada pontuou que a conduta atribuída à Zilda é grave, mas que também é necessário observar o estado de saúde.
“Considerando-se que a autuada claramente possui problemas de saúde, entendo que a manutenção de sua prisão não é a melhor opção para o quadro apresentado, principalmente, considerando-se a informação de que existe leito disponível em hospital psiquiátrico para o adequado tratamento da custodiada. Assim, tenho que a liberdade deve prevalecer durante o trâmite da persecução penal”, declarou.
A julgadora ressaltou ainda que também, no caso, é cabível a aplicação de medidas cautelares. A magistrada determinou que, após receber alta hospitalar, a autuada deve comunicar à Justiça onde irá residir. O descumprimento da medida pode acarretar na prisão preventiva.
Entenda o caso
O caso ocorreu por volta das 10h da última quarta-feira (25/5), em um parquinho da 310 Sul. A babá, de 38 anos, observava a filha de sua cliente brincar no parquinho quando uma moradora de rua se aproximou do bebê enquanto ela estava no escorregador. A suspeita estendeu os braços em direção à menina e disse: “vem aqui, vem aqui”.
Logo em seguida, a mulher desconhecida pegou a criança nos braços, segurou com firmeza e tentou fugir. Imediatamente, a babá correu atrás da suspeita e tomou a menina de seus braços.
Porém, a autora resistiu com violência e agrediu a babá, causando ferimentos em seu pescoço. Após muito esforço, a babá enfim conseguiu tirar a criança dos braços da suspeita que, inconformada, começou a gritar: “Ela é sua?! Ela é sua?”
Após o crime, os policiais civis da 1ª DP realizaram diligências nos arredores do local do crime e conseguiram colher imagens das câmeras de segurança instaladas no bloco próximo ao parquinho.
Ao analisar as imagens, os policiais conseguiram identificar a suspeita. De acordo com a PCDF, ela responde a quase 50 processos criminais pela prática de diversos crimes, tais como lesão corporal, dano qualificado, ameaça, injúria racial, desacato e maus-tratos de criança.