Justiça do DF condena criminoso que dopou e roubou homem no Parque da Cidade
Crime ocorreu em janeiro do ano passado, onde a vítima morreu por overdose
A Justiça do Distrito Federal condenou, a 25 anos de prisão, um homem por latrocínio. João Batista Alves Pinto, de 25 anos, é acusado pela morte de Anderson Luiz Dourado Viana da Silva, que foi dopado no Parque da Cidade, em janeiro do ano passado.
De acordo com a denúncia do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), no dia 20 de janeiro de 2020, João Batista elevou a dose de um medicamento para Anderson. Logo depois que a droga fez efeito na vítima, ele roubou o celular e um par de tênis. O corpo do homem foi abandonado e encontrado sem vida por funcionários do parque.
O laudo do exame de corpo de delito confirmou que a vítima morreu em decorrência dos “efeitos de dose excessiva de Benzodiazepínicos”. Além desse caso, o homem é investigado por aplicar golpe do conhecido “Boa Noite Cinderela” em pelo menos outras sete pessoas.
A defesa de João Batista pediu a sua absolvição por “insuficiência de provas”. Ao julgar o caso, o magistrado da 1ª Vara Criminal de Brasília destacou que as provas comprovam a autoria do réu no crime. O juiz ainda lembrou que o criminoso se apropriou do celular da vítima e tinha em casa o par de tênis roubado Além disso, foram encontrados três frascos do medicamento em gotas com o acusado.
“Nesse contexto, e tendo em vista que a prova dos autos não indica que o acusado tenha agido sob o pálio de qualquer das excludentes de ilicitude ou culpabilidade, o decreto condenatório é medida de rigor, notadamente porque o requerido é imputável e aderiu voluntariamente ao crime de roubo com uso de sedativo, medicamento que ao ser utilizado de forma imperita ocasionou a morte da vítima por pneumonia decorrente de broncoaspiração”, declarou o magistrado.
Diante dessa situação, João Batista foi condenado a pena definitiva de 25 anos de prisão e 14 dias de multa pelo crime.