Júri de Planaltina condena Marinésio a 37 anos de prisão pelo assassinato de Letícia Curado
Ele não poderá recorrer em liberdade e ainda responde a outros crimes cometidos contra mulheres
O Tribunal do Júri de Planaltina (DF) condenou, na noite desta segunda-feira (21/6), Marinésio Olinto dos Santos pelo homicídio quintuplamente qualificado de Letícia Sousa Curado de Melo, a 37 anos de prisão em regime fechado.
Diante da sentença pelo assassinato que ocorreu em 2019, Marinésio não poderá recorrer em liberdade, e isso enquanto ainda responderá por outros crimes cometidos contra mulheres. Em outros dois processos, Marinésio responde ainda pelo homicídio de Genir Pereira de Sousa, em Planaltina, e por uma tentativa de estupro em Sobradinho.
Na época do crime, a advogada tinha 26 anos e seguia para o trabalho, no Ministério da Educação (MEC) onde trabalhava como terceirizada, quando foi abordada e pegou uma carona com o maníaco. Depois que ele tentou forçá-la a ter relações sexuais, Letícia Curado foi esganada por Marinésio, crime que ele depois confessou.
O homicídio foi considerado quintuplamente qualificado pelos seguintes fatores: feminicídio, motivo torpe, meio cruel, ação para dificultar a defesa da vítima e crime praticado para assegurar impunidade de outro delito.
A defesa afirmou que irá recorrer da decisão. Para o promotor de Justiça Nathan da Silva Neto, a condenação de Marinésio mostra que a comunidade de Planaltina não está disposta a tolerar a violência contra a mulher. “Esperamos que crimes dessa natureza não voltem a se repetir, em Planaltina ou em qualquer outro lugar”, afirmou.