Insatisfeitos com proposta de reajuste apresentada, policiais civis iniciam operação “PCDF Legal”

A deliberação em massa da categoria foi pela rejeição da proposta apresentada pelo governo federal, na última quinta (1º/6)

Em estado permanente de Assembleia desde 5 de maio, os policiais civis do Distrito Federal realizaram, na tarde dessa segunda (5/6), uma nova Assembleia Geral Extraordinária (AGE) para deliberar ações de mobilização pelo fortalecimento da campanha do pleito salarial.

A deliberação em massa da categoria foi pela rejeição da proposta apresentada pelo governo federal, na última quinta (1º/6), que sugeriu o parcelamento do reajuste até 2025. Como resposta, os policiais civis deflagrarão a operação “PCDF Legal”, onde nenhuma atividade que fuja às atribuições de cada cargo deverá ser desenvolvida pelos servidores.

Os servidores adotarão, ainda, uma conduta que garanta a segurança pessoal e da equipe durante o trabalho (só executar ações de diligência, prisões e apreensões caso seja observado o número mínimo de policiais civis que a atividade exige).

“A operação “PCDF Legal” colocará um freio nos altos índices de resolução de crimes, uma vez que esses resultados se devem ao trabalho de policiais civis que, mesmo com déficit de cerca de cinco mil policiais no efetivo, arriscam suas vidas para entregar os melhores resultados à população”, frisou o sindicalista.

A categoria também deliberou pelo investimento em publicidade nos jornais, rádios e ruas de Brasília com o objetivo de levar mais notoriedade à campanha de valorização dos policiais civis em todo o DF.

A convocação foi realizada na última sexta, 2, pelo presidente do Sindicato dos Policiais Civis do DF (Sinpol-DF), Enoque Venancio de Freitas, após representantes do governo federal apresentarem à bancada do DF no Congresso a proposta de reajuste da categoria em três vezes.

“O acordo firmado no Congresso Nacional foi de cumprir com a proposta do reajuste nos moldes em que foi elaborada pelo GDF: 24% para as classes especiais e 18% para as demais, em uma única parcela”, explicou o presidente do Sinpol.

Com a indignação dos parlamentares e das entidades sindicais, o governo abriu uma janela de negociação e se comprometeu a realizar uma nova reunião para o fechamento do projeto, agendada para ocorrer no dia 12/06.

 

APOIO PARLAMENTAR

A AGE teve a participação de parlamentares que atuam no Congresso e na Câmara Legislativa pela defesa da recomposição salarial dos policiais civis. Estiveram presentes o senador Izalci Lucas (PSDB), os deputados federais Erika Kokay (PT) e Rafael Prudente (MDB), e os distritais Wellington Luiz (MDB), presidente da CLDF, e Jane Klebia (Agir).

“Parcelamento de reajuste em três vezes não dá, é inconcebível. Vamos seguir na luta pelo cumprimento do acordo firmado no Congresso”, destacou Kokay.

“Nós fizemos um acordo e foi muito claro. Não vamos aceitar retrocesso, não vamos aceitar parcelamento. Não estamos dispostos a negociar e aguardamos que até o dia 12 seja encaminhada a proposta na íntegra”, disse Rafael Prudente.

“Rechaçamos imediatamente a proposta quando nos foi apresentada. Queremos o aumento conforme foi encaminhado pelo DF e, após, buscaremos a nossa equiparação com a Polícia Federal”, ressaltou o presidente da CLDF.

“A decisão tomada aqui deverá valer para todos. É hora de fortalecer a categoria policial civil e fazer um enfrentamento como nunca antes feito”, ressaltou Jane Klebia.

“A bancada do DF está unida nessa luta”, reiterou Izalci.

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