Influenciadores são alvos de operação que investiga sorteios ilegais de veículos no DF

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) deflagrou, na manhã desta quinta-feira (10/11), a Operação Huracán 2 para cumprir medidas judiciais contra dois influenciadores digitais que realizavam sorteios ilegais de veículos e lavagem de dinheiro no DF. A investigação contou com o apoio da Subsecretaria de Apostas e Promoção Comercial, da Secretaria de Acompanhamento Econômico do Ministério da Economia.

As ações foram cumpridas em Vicente Pires e na cidade mineira de Esmeraldas, localizada na região metropolitana de Belo Horizonte (MG). Também foram sequestrados dois veículos, da marca Lamborghini, avaliados em R$ 5 milhões. Um deles, modelo Gallardo, de cor amarela, seria sorteado no próximo sábado (12/11). Esse veículo foi exibido nas ruas do Distrito Federal entre os meses de agosto e outubro deste ano por um youtuber e influenciador digital, que foi preso em março deste ano, durante a primeira fase da Huracán.

Cerca de R$ 12 milhões também foram bloqueados de contas de pessoas físicas e jurídicas, alvos da operação; além da apreensão de uma lancha e um Jet Ski, na cidade de Esmeralda, avaliados em R$ 700 mil. Tais medidas assecuratórias foram determinadas pela 1ª Vara Criminal de Taguatinga/DF.

Segundo as investigações, os influenciadores utilizavam o mesmo site para a venda das rifas dos veículos e dissimulavam os valores arrecadados em três empresas de fachada, duas situadas em Taguatinga e outra em Contagem (MG).

“Apurou-se, ainda, que, entre outubro de 2021 e maio de 2022, através das empresas de fachada, o grupo promoveu a lavagem de R$ 12 milhões oriundos das rifas ilegais”, explica o coordenador da Corpatri, delegado André Luís Leite.

Já são três veículos da marca Lamborghini apreendidos pela PCDF em operações contra sorteios ilegais. O primeiro, que deu nome à operação, foi apreendido no mês de março com o youtuber. À época, também foi sequestrado um veículo da marca Ferrari.

“Juntas, as operações da PCDF contra as rifas ilegais já sequestraram, com autorização judicial, mais de R$ 22 milhões”, conclui o delegado.