Homem que teve cabeça decaptada fazia parte de facção criminosa
As investigações apontaram que o crime ocorreu deevido a disputa por ponto de tráfico
A disputa entre facções criminosas por pontos de tráfico de drogas e comando de regiões não se restringe apenas a grandes metrópoles como São Paulo ou Rio de Janeiro. No Distrito Federal, integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC) e do Comando Vermelho (CV) também deixam rastros de terror.
Em julho deste ano, uma cabeça humana foi encontrada dentro de uma sacola na Praça do Jardim Santa Lúcia, em Águas Lindas de Goiás, Região Metropolitana do DF, localizada a 51,9 km do centro da capital. As investigações realizadas pelo Grupo de Investigações de Homicídios de Águas Lindas apontaram que o crime ocorreu em Ceilândia, no DF, devido a uma disputa por ponto de tráfico.
Para a corporação o homem morto era integrante de um dos grupos e, recentemente, teria se desentendido com participantes da outra facção. Ainda segundo a polícia, o local escolhido para abandonar a parte do corpo humano se tratava de uma região onde existe a disputa pelo ponto e o crime teria sido uma forma de intimidação.
Em entrevista ao Correio Braziliense, o delegado Vinícius Máximo, deu detalhes sobre o passo a passo do crime. Segundo o titular da investigação, o “tribunal do crime” durou mais de três horas e teve participação por videoconferência com representantes do PCC de outros estados afim de determinar a pena que seria aplicada.
Células de crimes
Um mês antes do crime trágico, a Polícia Civil do DF (PCDF) e o Ministério Público do DF (MPDFT) deflagraram uma operação para desarticular uma célula brasiliense do PCC.
Segundo as investigações, o grupo seria responsável pela prática de delitos como homicídios e tráfico de drogas e de armas em diversas regiões administrativas do DF. Ao todo, 14 mandados de prisão preventiva e 12 mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos em localidades do DF, Goiás, São Paulo e Piauí.