Funcionária terceirizada da PRF aprende a ler e escrever com policial. Veja vídeo
As aulas acontecem nos intervalos dos plantões
Os policiais que chegam para trabalhar na Unidade Operacional da Polícia Rodoviária Federal (PRF), em Ceilândia, são recepcionados todos os dias com um café da manhã especial feito pela Maria do Socorro Alves, 47 anos, auxiliar de serviços gerais terceirizada. Desde que foi contratada, ela virou o xodó da equipe por seu jeito responsável e carinho.
Em fevereiro deste ano, durante uma conversa com a policial Patrícia Dumont, dona Socorro, como é conhecida, confessou que não sabia ler e escrever. A policial decidiu, então, alfabetizá-la durante as refeições ou após os plantões.
As aulas começaram com o básico. Inicialmente, dona Socorro aprendeu sobre as letras e os seus sons e sobre a formação das sílabas e das palavras. Em seguida, ganhou vários livros pedagógicos de presente, o que ajudou na evolução da aluna. Com o passar do tempo, ela foi se superando.
Segundo a policial, um dia muito emocionante foi quando a dona Socorro leu com facilidade um bilhete deixado por ela.
A aluna também apreendeu noções básicas de matemática e, agora, sonha em ser contadora.
História de força e superação
Dona Socorro morava em Malta, no sertão da Paraíba. Aos 23 anos, logo após seus pais morrerem, seu marido a abandonou e, antes disso, sugeriu que ela vendesse suas três filhas.
Desesperada com a situação, ela pegou um ônibus e veio para Brasília com as crianças pequenas. Ela ainda estava grávida de uma das meninas.
Sem conhecer ninguém na capital federal, passou muita dificuldade, chegou a dormir em uma parada de ônibus, mas conseguiu vencer.
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