Fotógrafo do DF faz desabafo após filha autista ser expulsa de igreja – Mais Brasília
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Fotógrafo do DF faz desabafo após filha autista ser expulsa de igreja

O profissional utilizou o Instagram para contar o que ocorreu com a família no dia 6 de março

Foto: Reprodução/Instagram

O fotógrafo Anderson Marques utilizou as redes sociais para fazer um desabafo sobre a situação de ter sido, segundo ele, “expulso” de uma igreja por conta de uma crise de choro da filha de 4 anos, portadora do transtorno do espectro autista (TEA). O caso ocorreu no dia 6 de março em uma igreja do DF, que não teve o nome revelado.

Bastante emocionado, o fotógrafo detalhou que é pai de dois filhos, Dylan, um menino de 2 anos, e Luísa, uma menina de 4 anos, e que ambos foram diagnosticados com autismo.

No vídeo, publicado no Instagram, ele conta sobre a dificuldade no dia a dia em família e a rotina com as crianças.

Ainda segundo o profissional, após dias exaustivos e buscando uma palavra de consolo e uma “luz no fim do túnel”, ele e a esposa tiveram a ideia de ir na igreja pois, exatamente naquele dia, teria o “Culto da Família”.

Ao chegar no local, a cerimônia já tinha iniciado e, de acordo com o fotógrafo, eles se colocaram na lateral do templo que tinha uma porta de vidro e dava acesso a ouvir o culto.

Porém, em determinado momento, a filha Luísa teve uma crise de choro, e começou a se bater. O fotógrafo conta que tentou acalmar a filha para que ela não se machucasse e que nesse momento um membro da igreja se aproximou.

“Ele pediu que a gente se retirasse dali porque estávamos atrapalhando”, afirmou.

Ainda segundo Anderson, ele chegou a explicar que a filha era autista e que estava em meio a uma crise, mas segundo ele, a pessoa ignorou a informação e fechou a porta de vidro que dava acesso à família visualizar o culto.

No vídeo, Anderson Marques conta que, em nenhum momento, a pessoa se dispôs a ajudar e que no local havia centenas de famílias e crianças.

“A minha filha que é autista não era bem-vinda naquela igreja. Poderia ter dado um murro em mim, na minha cara que ia doer menos”, declarou.

E finaliza: “não sei como vai ser o futuro. Em algum momento, eu e minha esposa não vamos mais estar aqui e eles vão ter que conviver com uma sociedade que não está pronta para eles. O autismo não tem cara, não tem cura”, pontuou.

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