Festas Juninas movimentam setor de bebidas e gêneros alimentícios do DF
Expectativa é de que mais de 200 festas ocorram até o final de julho, com tamanhos variados e públicos diferentes
O frio chegou e trouxe com ele um dos períodos mais aguardados pelo brasiliense: a época das festas juninas. Músicas e comidas típicas, quentão, correio elegante e danças de quadrilha são algumas das atrações deste evento, que compõe o calendário de festas típicas da nossa cultura. No Distrito Federal, a expectativa é de que mais de 200 festas ocorram até o final de julho, com tamanhos variados e públicos diferentes.
Os mercados de gêneros alimentícios e de bebidas são uns dos mais aquecidos já que a culinária é, no geral, o que mais atrai a atenção das pessoas. Para o Sindicato do Comércio Atacadista do Distrito Federal (Sindiatacadista-DF), a previsão é de que a movimentação seja 20% superior em relação ao ano passado, quando a cidade ainda sofria com os protocolos de prevenção contra a Covid-19.
“As festas juninas são um ícone da cultura brasileira. E como temos aqui na capital gente do país inteiro, principalmente vinda do Nordeste, onde foi criada esta tradição, trata-se de um período muito aguardado”, afirma Álvaro Silveira Jr, presidente do sindicato.
Para o empresário Carlos Roberto Leite de Santana, da Estrela Distribuição, o período, de fato, é muito importante, pois a empresa comercializa bebidas quentes, vinhos e farináceos, o que inclui canjica, pipoca, tapioca, além de amendoim e pé-de-moleque. “Estamos otimistas com as vendas este ano. Nos dois últimos anos, a pandemia prejudicou muito o nosso mercado, mas acreditamos que em 2022 o cenário será diferente”, afirma o empresário.
O diretor comercial da Disdal Distribuidora de Alimentos, Gustavo Alves, concorda com o aquecimento das vendas este ano. “Nossa expectativa é crescer 20% em relação ao ano anterior. Vamos ter uma alta de preço médio dos produtos, superiores a 10% devido à escassez de matéria-prima e a alta tendência de consumo de produtos como massas, queijos e chocolates”, comenta.
Outro item muito procurado nesta época é o vinho, ingrediente essencial para o preparo do famoso quentão. Fabrício Borges Graciano, gerente comercial da Merit Importadora Ltda, atacadista no ramo de vinhos em Brasília, comenta que a expectativa é de crescimento de 30% nas vendas, se comparado aos anos anteriores.
“Não tivemos festas juninas em 2020 e, ano passado, os eventos não foram totalmente retomados. Então, com a vida voltando minimamente ao normal e a queda da temperatura, já é possível notar essa maior procura. Especialmente dos vinhos chilenos e nacionais”, detalha Fabrício.