Ex-distrital é preso por mandar matar adolescente após descobrir traição de ex-mulher
O ex-distrital, também conhecido como Adão Xavier, chegou a ser condenado pelo homicídio em 2014
Preso nessa segunda-feira (19) o ex-deputado distrital Carlos Pereira Xavier, de 62 anos, acusado de mandar matar um adolescente de 16 anos, em março de 2004. O ex-distrital, também conhecido como Adão Xavier, chegou a ser condenado pelo homicídio em 2014.
À época, ele recebeu uma pena de 15 anos de prisão. Mas em 2018, Xavier foi solto após conseguir o direito de responder o processo em liberdade. Ele foi o primeiro parlamentar cassado na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF).
De acordo com a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), em 2004, Carlos Xavier descobriu que o adolescente Ewerton Ferreira mantinha um relacionamento com a ex-mulher dele, com quem foi casado por 14 anos, e encomendou a morte do rapaz. O corpo do adolescente foi encontrado com atrás de uma parada de ônibus no Recanto das Emas, com marcas de tiro.
Para executar o crime, Xavier, segundo o processo, contratou, por R$ 15 mil, o capoeirista Eduardo Gomes da Silva, conhecido como Risadinha, e um outro adolescente, Leandro Dias Duarte. Uma das testemunhas de defesa de Xavier arroladas no processo foi o ex-deputado federal Laerte Bessa. Na época do crime, Bessa era o diretor-geral da Polícia Civil do Distrito Federal. Ainda conforme a polícia, Risadinha planejou e executou o assassinato. Pelo crime, Risadinha foi condenada a 19 anos de prisão.
Desde fevereiro de 2022, época em que foi expedido um mandado de prisão pela Vara de Execuções Penais do Distrito Federal, o distrital Xavier era procurado pela Justiça.
Na época do crime, em 2004, Xavier estava em seu terceiro mandato, tendo sido eleito em 1994, em 1998 e em 2002 pelo PPB e pelo PSD. Como parlamentar, ele foi o responsável por criar a Lei nº 893, de 1995, que instituiu o dia 30 de novembro como o Dia do Evangélico, no calendário distrital.