DF está com estoque baixo nos bancos de leite humano
Doações são fundamentais para recém-nascidos. Para doar não é necessário nem sair de casa
O Distrito Federal está com estoque baixo nos bancos de leite humano. Desde outubro não é alcançada a meta mensal de 1.500 litros.
Em fevereiro, quando 1.066 crianças precisaram do leite humano doado, foram coletados 1.188 litros.
O quantitativo está abaixo da meta e representou uma queda de 2,5% frente às doações de janeiro e de 8,4% quando comparado a fevereiro de 2021.
“Até o momento não precisamos deixar de fazer nenhum atendimento. Mas se continuar desse jeito daqui a pouco vamos ter que escolher”, alerta Miriam Santos, coordenadora das Políticas de Aleitamento Materno e Banco de Leite Humano do DF.
Segundo ela, o aumento das síndromes gripais registrado no início de 2022 pode ter contribuído para a queda do quantitativo de doações.
De acordo do com Miriam Santos, as doações são fundamentais para crianças recém-nascidas. Uma única doadora pode fazer a diferença para um grande número de crianças.
As doações são encaminhadas para hospitais de toda a rede pública e podem ser armazenadas por até seis meses.
Contudo, com o baixo estoque, as equipes hoje precisam ter cautela com ele.
“Um estoque maior pode significar um número maior de crianças atendidas. É fundamental contar com a participação das doadoras”.
Toda mulher que estiver amamentando pode ser uma doadora. Basta ligar para o número 160 e, na opção 4, fazer o cadastro. Serão passadas as orientações de como coletar e armazenar o leite.
Uma equipe do Corpo de Bombeiros irá até a residência da doadora para fazer a coleta – uma parceria que existe no Distrito Federal há 33 anos.