DF: Bandidos se passavam por vendedores ambulantes para trocar cartões e roubar limite bancário de vítimas
Ao todo, foram cumpridos oito mandados de busca e apreensão na cidade de São Paulo e região metropolitana
A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) deflagrou, na manhã desta sexta-feira (5), uma operação para desarticular um grupo criminoso que, disfarçados de vendedores ambulantes, conseguiam enganar e roubar dados bancários das vítimas.
Os criminosos agiam em grandes eventos, geralmente em shows de grande porte, que ocorriam em Brasília. Os bandidos trocavam os cartões de vítimas após compras em shows e subtraíam todo o limite financeiro disponível nas contas bancárias.
Batizada por Operação Mandrake, a ação policial é comandada por meio da Delegacia de Repressão ao Crime Organizado do Departamento de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado (Draco/Decor), com o apoio operacional da Polícia Civil do Estado de São Paulo.
A ação apura a atuação de possível grupo criminoso especializado na prática de crimes de furto mediante fraude nas imediações de shows musicais de bandas internacionais e outros eventos similares.
Ao todo, foram cumpridos oito mandados de busca e apreensão na cidade de São Paulo e região metropolitana. As ações objetivaram recolher documentos, aparelhos celulares, computadores e outros equipamentos eletrônicos vinculados aos suspeitos, assim como outras provas, com o objetivo de subsidiar as investigações em
curso e obter mais elementos de convicção relacionados aos delitos.
A ação de hoje, que contou com a participação de 45 policiais civis do Distrito Federal e de São Paulo, é resultado de diligências que se iniciaram a partir da prisão em flagrante de cinco investigados, no dia 18/04/2023, nas imediações do Estádio Nacional de Brasília, logo após um show de uma banda de rock.
“Esses indivíduos, de forma associada, se passavam por vendedores ambulantes de cervejas e outros itens, principalmente no período da saída do público, para colocar em prática o intento criminoso. Quando os clientes efetuavam os pagamentos das mercadorias, os criminosos utilizavam de subterfúgios para substituir os cartões verdadeiros por outros visualmente semelhantes que levavam as vítimas a não conferir seus dados, ação esta que inspirou o nome da operação”, explica o diretor do Decor, delegado Leonardo de Castro.
Após a troca, os fraudadores utilizavam máquinas de cartão para subtrair todo limite financeiro disponível nos cartões das vítimas ainda na madrugada.
Somente em Brasília, foram registradas mais de 35 ocorrências policias relacionadas a esse tipo de golpe, totalizando um prejuízo estimado das vítimas acima de R$ 360 mil. fraudados, bem como outros indivíduos que contribuíram para o esquema.
De acordo com o diretor do Decor, caso seja comprovado o envolvimento dos investigados, estes poderão responder pelos crimes de furto mediante fraude, associação ou organização criminosa e lavagem de dinheiro e, se condenados, podem pegar até 23 anos de prisão.