Dentista é preso pela PCDF por exercício ilegal da medicina e estelionato; autor lesou mais de 100 vítimas
Ele simulava ou deixava de realizar o tratamento de canal, colocando em risco a vida e a saúde dos pacientes
A Polícia Civil do DF, por meio do trabalho de investigação da equipe da 2ª DP, deflagrou a Operação Canalis, com o objetivo de cumprir dois mandados de busca e apreensão expedidos pela 3ª Vara Criminal de Brasília.
Os mandados foram cumpridos no endereço profissional e na residência de um dentista, que foi preso em flagrante pela prática do crime de exercício ilegal da medicina, arte dentária ou farmacêutica.
O profissional está sendo investigado por uma série de crimes, incluindo lesão corporal simples, lesão corporal qualificada pela
debilidade permanente de membro, sentido ou função, perigo para a vida ou à saúde de outrem e estelionato.
As investigações apontam que, entre dezembro de 2022 e abril de 2023, o dentista atuava em uma clínica odontológica na Asa Norte e adulterava as imagens de exames radiográficos de dentes de diversos pacientes. Ele simulava ou deixava de realizar o tratamento de canal, colocando em risco a vida e a saúde dos pacientes.
Devido à imperícia do profissional, a clínica odontológica teve um prejuízo financeiro de mais de R$ 300 mil, conta o delegado-chefe da 2ª DP, Erito Cunha. Com isso a clínica precisou refazer o tratamento de canal de todos os pacientes afetados pelas fraudes.
“Até o momento, mais de cem vítimas já foram identificadas, e muitas delas já prestaram depoimento formal à polícia.”
A adulteração das imagens radiográficas foi comprovada por laudo pericial odontológico do Instituto de Criminologia (IC) da PCDF.
Diante das provas, o Conselho Regional de Odontologia do Distrito Federal (CRO-DF) cassou a licença do dentista para exercer a profissão de forma definitiva.
“Essa é a primeira vez na história do CRO-DF que uma cassação definitiva é aplicada, destaca o delegado.