Cuidadores e funcionários extorquiram mais de R$ 2 mi de casal de idosos no DF – Mais Brasília
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Cuidadores e funcionários extorquiram mais de R$ 2 mi de casal de idosos no DF

exploração incluía diárias de faxina chegando a R$ 5 mil e serviços de motoristas por R$ 70 mil

Foto: Reprodução/Pixabay

Na manhã desta quinta-feira (23), a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) deflagrou uma operação contra um grupo criminoso que extorquiu, roubou e torturou um casal de idosos. Estima-se um prejuízo de mais de R$ 2 milhões.

Batizada por Operação Senex, a ação policial foi comandada pela Delegacia Especial de Repressão aos Crimes por Discriminação Racial, Religiosa, ou por Orientação Sexual, ou contra a Pessoa Idosa ou com Deficiência – Decrin.

Foram cumpridos quatro mandados de busca e apreensão. Segundo a polícia, essa associação criminosa responsável é por 13 crimes de apropriação indevida da renda de um casal de pessoas idosas, exposição a condições desumanas e furto mediante fraude em investimentos bancários.

O casal, de 95 e 97 anos, de servidores públicos aposentados com altos salários foi vítima de cuidadores e funcionários domésticos que, aproveitando-se da vulnerabilidade dos idosos, cobravam valores exorbitantes por serviços básicos. A exploração incluía diárias de faxina chegando a R$ 5 mil e serviços de motoristas por R$ 70 mil.

Além disso, os criminosos realizaram saques fraudulentos de investimentos em nome dos idosos. Os alvos da operação receberam em “doação” diversos cheques, com quantias elevadas e carros de luxo.

Apesar dos altos salários, o casal vivia em condições precárias, com pouca comida, resultado da exploração dos criminosos. A idosa, de 97 anos, encontrava-se interditada judicialmente desde março de 2023, e o idoso, de 95 anos, conforme laudo pericial da PCDF, não possui autonomia para lidar com valores monetários.

Os investigados podem responder por associação criminosa, apropriação indevida da renda de pessoa idosa, exposição a maus-tratos, furto mediante fraude e abuso de confiança, acarretando penas que variam de 20 a 71 anos de reclusão, se condenados judicialmente.

Na operação, foram apreendidos aparelhos eletrônicos, documentos, extratos bancários e diversas provas para instruir a investigação.