CPI dos Atos Antidemocráticos: Moraes adianta a distritais que irá colaborar com investigações

Moraes adiantou aos distritais que a comissão terá acesso aos dados não sigilosos apurados no âmbito de inquéritos do STF sobre os ataques aos poderes

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes irá colaborar com o andamento da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Atos Antidemocráticos da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF).

A informação foi dada pelo ministro aos deputados distritais membros da CPI, durante encontro com Moraes, no prédio do TSE, na manhã desta quarta-feira (29).

Moraes adiantou aos distritais que a comissão terá acesso aos dados não sigilosos apurados no âmbito de inquéritos do STF sobre os ataques aos poderes.

“A reunião foi excelente. Viemos falar sobre a importância que tem essa CPI. Dissemos para ele [ministro Alexandre de Moraes] da necessidade de compartilhamento de dados já investigados pelo STF com a CPI. O que puder ser compartilhado, vai ser compartilhado. O que for segredo absoluto não será compartilhado. O ministro está agindo com muito rigor e pelo que ele deixou transparecer nesta audiência ainda tem muita coisa a acontecer nos próximos dias, mais prisões, mais investigações, mais coisa vai acontecer”, afirmou o deputado Chico Vigilante (PT), presidente da comissão.

O parlamentar disse ainda que a CPI vai insistir em ouvir o ex-ministro e ex-secretário Anderson Torres.

“Nós falamos da oitiva do Anderson Torres. O ministro infelizmente não pode obrigar ele a comparecer para falar. Ele só vai falar se quiser. Mas nós vamos insistir até conseguir que ele compareça para falar”, garantiu.

Sobre o envolvimento direto ou indireto do Exército Brasileiro nos atos golpistas, o distrital Hermeto acrescentou:

“Eu indaguei ao ministro, na linha que estamos seguindo como relator, se aquele famigerado acampamento foi o local onde foram idealizados todos os atos do dia 8 e do 12. Estou cada vez mais convicto e o ministro repartiu conosco e também acha que o acampamento foi a mola-mestra para que acontecesse isso. Também indaguei ao ministro porque praticamente houve um conflito entre as forças de segurança da PM com o exército para poder tirar aquele acampamento. Acho que a CPI ganhou muito com essa visita e o meu relatório começou a ter um direcionamento. É muito importante alcançarmos também os financiadores. O ministro até dividiu em patamares, os financiadores pequenos, os grandes e o núcleo que organizou tudo. A investigação está muito profunda”, contou o relator da CPI, deputado Hermeto.

 

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