Covid-19: dose de reforço passa a ser aplicada 6 meses após segunda no DF

Medida vale a partir desta sexta (29/10), contemplando os idosos com 60 anos ou mais e profissionais da saúde

A Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) retomou a regra inicial para a aplicação da dose de reforço da vacina contra a Covid-19 em idosos com 60 anos ou mais e profissionais de saúde que completaram o ciclo vacinal há pelo menos seis meses. Até o momento, a terceira dose já foi aplicada em 108.866 pessoas. O anúncio foi feito nessa quinta-feira (29/10) durante coletiva de imprensa.

De acordo com a pasta, são aproximadamente 85 mil pessoas que compõem esse público. Para receber o imunizante, os idosos devem levar documento de identidade com foto e o cartão de vacina. Os profissionais de saúde também devem comparecer com um documento que comprove o vínculo, como crachá, carteira de trabalho ou contracheque, além do comprovante de vacinação.

Em coletiva, os gestores da Saúde também informaram que cerca de 400 mil brasilienses estão aptos a serem vacinados com a segunda dose. Isso ocorre porque o intervalo entre a primeira e a segunda dose das vacinas Pfizer e AstraZeneca passou a ser de oito semanas (56 dias).

“Este é um apelo que a gente faz: que as pessoas possam verificar o seu cartão de vacina e fazer o cálculo. Se você já tomou a vacina há pelo menos dois meses, está apto a tomar a segunda dose”, afirmou o diretor de Vigilância Epidemiológica, Fabiano dos Anjos.

Para quem tomou a primeira dose do imunizante CoronaVac, está mantido o período de até 28 dias para a segunda dose.

Adolescentes

Entre o público de 12 a 17 anos do Distrito Federal, são cerca de 60 mil que ainda não tomaram a primeira dose. Até o momento, 77,73% desses jovens já tomaram a primeira dose.

A Secretaria de Saúde alertou para a baixa adesão dos imunossuprimidos para a dose adicional. “Até agora, só nos procuraram 7.891 deste grupo de 26 mil. Então a gente faz aqui um apelo: os imunossuprimidos devem nos procurar e tomar. Todas as vacinas já estão disponíveis”, explicou o subsecretário de Vigilância à Saúde, Divino Valero.

As pessoas que se enquadram nas comorbidades listadas no site da Secretaria de Saúde devem procurar um local de vacinação 28 dias após a segunda dose ou dose única. Não é preciso agendar: basta levar o cartão de vacina, documento de identidade com foto e laudo ou relatório médico. Para esse público, a vacina CoronaVac também está disponível para pacientes com indicação médica desse imunizante.

Dose para viajantes

O Ministério da Saúde anunciou a aplicação de uma dose de reforço para pessoas que tenham viagem marcada para países que não aceitem a vacina recebida pelo cidadão brasileiro.

Porém, para o início dessa vacinação, a Secretaria de Saúde aguarda o envio de doses específicas para o atendimento desse grupo, uma vez que o próprio governo federal orienta que não haja desvio de finalidade das vacinas já disponíveis.

Flexibilização

O secretário de Saúde, Manoel Pafiadache, foi questionado a respeito das novas flexibilizações das regras no DF, como o fim da exigência do uso de máscaras em ambientes abertos. O gestor informou que as decisões ocorrem com a análise de todas as variáveis, como os números da pandemia, a taxa de transmissão e a ocupação dos leitos.

Pafiadache ressaltou que a pasta tem atuado para garantir a existência de leitos para a população, inclusive para promover a retomada de procedimentos eletivos que ficaram suspensos durante a pandemia. “Esses leitos são retaguardas para que a gente interne pacientes com covid e possa liberar leitos dos hospitais da rede, aumentando, assim, nossa capacidade cirúrgica”, explicou o secretário.

“Ninguém pode afirmar categoricamente que vamos ter ou não uma terceira onda. Torcendo para que não haja nada de mais grave, nós da Secretaria vamos trabalhar para que haja leitos com folga, promovendo sempre a economia de recursos”, garantiu.

Cobertura vacinal

O DF tem 87,15% da população acima de 12 anos com a primeira dose e 63,21% já tomaram as duas doses ou a dose única. Ao todo, foram aplicadas até agora quase 4 milhões de vacinas, sendo 2.246.992 como primeira dose; 1.571.501 como segunda dose; 58.313 dose única (Janssen); 104.213 dose de reforço para os idosos e trabalhadores da saúde e 7.891 como dose adicional para os imunossuprimidos.

Nessa quinta-feira (28/10), foram recebidas mais 5.850 doses da vacina da Pfizer, que serão utilizadas para a segunda dose, e 200 mil doses da CoronaVac divididas entre primeira, segunda e reforço.

O secretário-adjunto de Assistência à Saúde, Fernando Erick Damasceno, ressaltou que a vacinação fez com que o DF vivesse um cenário bem melhor do que o estimado quando houve a chegada da variante delta ao Brasil.

“A imunização protege de um possível aumento na transmissão comunitária da variante delta”, explicou o médico. Segundo ele, o Laboratório Central de Saúde Pública do DF (Lacen-DF) tem registrado uma queda na proporção de testes positivos. “A vacinação é o caminho mais eficiente, de fato”, declarou.

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