Comerciante é sequestrado e torturado por 4 dias no DF

Na tarde dessa quinta-feira (27), a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) prendeu três suspeitos

Um comerciante do ramo de leilão de veículos, um homem de 62 anos, foi sequestrado e mantido em cárcere privado por quatro dias no Distrito Federal. Durante este tempo em que ele estava sob domínio dos criminosos, ele foi torturado, apanhou bastante, teve as mãos e os pés amarrados e os olhos vendados.

Enquanto mantinham o comerciante em cárcere e o torturavam, os criminosos enviavam imagens dele aos familiares, pedindo resgate.

Na tarde dessa quinta-feira (27), a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) prendeu três suspeitos.

Entenda o caso: 

Na tarde de segunda (24), o comerciante, que mora em Samambaia, foi atraído para uma emboscada no Guará 2. Um homem que conhecia o comerciante e mantinha negócios com ele, o atraiu para o local. Chegando ao local combinado, o comerciante foi abordado por outros quatro homens, em um carro branco, e levado a um cativeiro.

No local do cativeiro, os criminosos começaram a torturar o comerciante, batendo nele, e pedindo resgate aos familiares. Mas, como o dinheiro estava na conta bancária dele, a família não conseguiu pagar o resgate. Na quarta (26), a família da vítima procurou a polícia para informar sobre o sequestro.

Na manhã de quinta (27), os sequestradores fecharam um acordo com o comerciante, para que ele fosse a agência bancária dele e transferisse um alto valor de dinheiro da conta dele para os criminosos.

Depois de o dinheiro ser transferido, os bandidos não soltaram o comerciante, continuaram a mantê-lo preso e seguiram em direção a Unaí, em busca de atendimento médico para a vítima, para tratar das lesões sofridas por causa dos espancamentos.

“Ocorre que o veículo já estava sendo monitorado e eles pararam no posto, na região do Café Sem Troco, onde foram abordados pela equipe da Divisão de Repressão a Sequestros”, explica o delegado Leandro Ritt, responsável pelo caso.

Ainda nesta sexta (28), os presos devem passar por audiência de custódia. Eles vão responder por extorsão mediante sequestro e com restrição à liberdade da vítima. Dois deles têm passagens por roubo e o terceiro tem antecedentes por estelionato.

Ainda segundo o delegado, os bandidos disseram à polícia, que comerciante possuía uma pequena dívida com algumas pessoas desse ramo de compra e venda de veículos e por isso ele teria sido levado ao cativeiro. Mas, quando os bandidos tiveram acesso à conta bancária do comerciante, por meio do aplicativo do banco no celular, descobriram que o comerciante possuía um saldo 10 vezes maior do valor que ele devia e começaram a extorqui-lo.

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