Com cartões clonados, dupla criminosa do DF comprava ingressos de parque aquático no GO
As fraudes aplicadas pelos criminosos causaram um prejuízo de pelo menos R$ 500 mil
A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) deflagrou uma operação e prendeu, na manhã desta segunda-feira (29), dois homens, de 20 e 31 anos, acusados de estelionato contra uma empresa de um parque aquático. Com cartões clonados, a dupla comprava ingressos do Bali Park, localizado em Luziânia, no GO, e os revendia por preços inferiores.
Batizada de Operação Indonésia, a ação foi comandada por intermédio da 5ª Delegacia de Polícia (Área Central), em Brasília.
Foram cumpridos dois mandados de prisão temporária e de dois mandados de busca e apreensão expedidos contra os dois investigados. As fraudes aplicadas pelos criminosos causaram um prejuízo de pelo menos R$ 500 mil.
Segundo a polícia, as investigações iniciaram-se após a empresa registrar ocorrência e informar que desconhecidos utilizaram cartões clonados para comprar ingressos do parque. Os vouchers foram anunciados à venda em algumas redes sociais e revendidos por valores muito inferiores aos anteriormente pagos.
“Após a efetivação das compras dos ingressos e a utilização dos vouchers revendidos, os titulares dos cartões usados indevidamente pelos criminosos registravam a contestação de pagamento, o que resultava no chargeback, ou seja, na devolução dos valores pagos às operadoras de cartão de crédito por parte da empresa, fato que lhe causava imenso prejuízo”, explica o delegado-chefe da 5ª DP, João Ataliba Neto.
Conforme a investigação, as pessoas que adquiriram os vouchers revendidos agiam de boa-fé, pois não tinham conhecimento das práticas ilícitas, pois eram atraídos pelo baixo preço dos ingressos anunciados. Tais compradores efetuavam os pagamentos por meio de Pix para contas bancárias indicadas pelos integrantes do grupo criminoso e, após receberem os vouchers, os clientes utilizavam normalmente o benefício.
“Como exemplo das fraudes praticadas, uma publicação onde os golpistas anunciaram um pacote do parque que custava originalmente R$ 1,170 pelo valor de R$ 300”, conta Ataliba.
Os criminosos, ambos residentes na área central de Brasília, estão sendo investigados pelos crimes de estelionato e associação criminosa. Por cada crime de estelionato praticado, podem pegar de um a cinco anos de prisão. O crime de associação criminosa prevê a pena de um a três anos de prisão.
A prisão temporária foi decretada pelo prazo de cinco dias, podendo ser prorrogada por igual período em caso de necessidade, e convertida em preventiva, caso presentes os seus requisitos legais. Essa modalidade de prisão, segundo o chefe da 5ª DP, serve para o aprofundamento da investigação e quantificar o lucro obtido pelos criminosos com as práticas ilícitas, além de identificar outros integrantes do esquema criminoso.
Após a formalização da prisão dos criminosos, os presos foram recolhidos à carceragem da PCDF, onde permanece à disposição da Justiça.
Informações complementares:
• A operação foi batizada de *Indonésia em alusão ao nome do parque aquático da empresa vítima dos crimes.
• A PCDF alerta a população para que fique atenta a ofertas de ingressos de parques aquáticos e outros estabelecimentos comerciais a preços muito abaixo dos praticados normalmente. Essas ofertas podem ser falsas e podem resultar em prejuízos financeiros.