Chacina no DF: quarto suspeito se entrega à polícia

Carlomam é um dos integrantes da facção PCC (Primeiro Comando da Capital). Em 2018, esteve preso no Complexo Penitenciário da Papuda

Foragido Carlomam dos Santos Nogueira, de 26 anos, apontado como o quarto suspeito de participar da chacina que matou 10 pessoas da mesma família no DF, se entregou à polícia, em São Sebastião, na tarde desta quarta-feira (25).

De acordo com a 6ª Delegacia de Polícia (Paranoá), policiais civis encontraram impressões digitais de Carlomam no cativeiro usado pelos criminosos e também no carro de uma das vítimas.

Carlomam é um dos integrantes da facção PCC (Primeiro Comando da Capital). Em 2018, esteve preso no Complexo Penitenciário da Papuda.

Foi investigado pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) na Operação Prólogo. A operação teve por objetivo desbaratar quem eram os presidiários do DF integrantes do PCC dispostos a montar uma cédula da facção em Brasília. À época, a PCDF investigou 13 detentos, Carlomam era um deles.

Entenda o caso da chacina do DF:

Ao todo, 10 pessoas da mesma família desapareceram no DF e foram brutalmente assassinadas. Todos os 10 corpos já foram identificados. As vítimas são:

Elizamar da Silva, 39, primeira vítima desaparecida; Thiago Gabriel Belchior, 30, marido de Elizamar; Gabriel da Silva, 7, Rafael da Silva e Rafaela da Silva, irmãos gêmeos, 6, filhos de Elizamar e Thiago; Marcos Antônio Lopes de Oliveira, 54, pai de Thiago; Renata Juliene Belchior, 52, esposa de Marcos Antônio; Gabriela Belchior, 25, filha de Marcos Antônio e Renata; Cláudia Regina Marques de Oliveira, também companheira de Marcos Antônio, segundo o delegado do caso, Ricardo Viana; Ana Beatriz Marques de Oliveira, adolescente, filha de Marcos Antônio e Cláudia Regina.

A história macabra se iniciou na noite do dia 12, quando a cabeleireira Elizamar Silva, de 39 anos, e os três filhos pequenos, sumiram. Logo após, outros membros da família também desapareceram. Dois carros foram encontrados com seis corpos carbonizados.

Durante os últimos 11 dias, polícias civis de três regiões do país – DF, Goiás e Minas Gerais – trabalham em uma megaoperação para investigar o caso. Localizou-se o cativeiro onde as vítimas foram mantidas presas até serem assassinadas. O corpo do avô das crianças foi encontrado decapitado.

Três suspeitos acusados de cometer as atrocidades estão presos. Um bilhete foi escrito por um dos suspeitos para atrair as vítimas para uma emboscada. A polícia também descobriu um caderno com anotações e senhas bancárias das vítimas nos pertences dos suspeitos. A polícia ainda encontrou R$ 54 mil nas contas bancárias dos autores da chacina.

 

 

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