Blogueiro preso por bomba em aeroporto de Brasília negocia delação à CPI do 8/1 – Mais Brasília
FolhaPress

Blogueiro preso por bomba em aeroporto de Brasília negocia delação à CPI do 8/1

A cúpula da CPI e o advogado de Wellington Macedo vão se encontrar na segunda ou na terça-feira que vem

Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados

Wellington Macedo de Souza, blogueiro que está preso por ter colocado uma bomba perto do aeroporto de Brasília, avalia fechar um acordo de delação premiada com a CPI do 8 de Janeiro. A relatora da comissão, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), fez a oferta e sua defesa sinalizou que ele aceita negociar.

“Ele não agia sozinho, havia em torno dele várias outras pessoas. Então, eu entendo que ele tem um volume significativo de informações que poderá trazer para os trabalhos da CPI com provas”, disse a relatora.

O QUE VAI ACONTECER
A cúpula da CPI e o advogado de Wellington Macedo vão se encontrar na segunda ou na terça-feira que vem. Na reunião, a defesa mostraria o que dispõe de informações e como poderia provar.

Para ir adiante, a proposta de delação precisa ser aprovada pelos integrantes da comissão. O passo seguinte seria a avaliação do Ministério Público Federal e do STF (Supremo Tribunal Federal).

A possibilidade de acordo de delação ocorreu ao final da sessão desta quinta-feira. Wellington passou quatro horas e meia prestando depoimento e exerceu o direito de permanecer calado. Só resolveu falar quando houve a proposta de delação.

Após a oferta da senadora Eliziane Gama, o blogueiro pediu para que o advogado Síldilon Maia do Nascimento respondesse. O defensor afirmou que vai ter acesso ao processo do cliente pelo STF e estará livre para conversar a partir da próxima semana.

Para a relatora, uma eventual delação pode dar a oportunidade de saber como funcionava o acampamento bolsonarista em frente ao quartel-general do Exército em Brasília. O advogado afirmou que o blogueiro tem dezenas de horas de gravações sobre a dinâmica do local.

A senadora elenca que Wellington poderá contar quem eram os organizadores do acampamento e quem bancava a infraestrutura de barracas, fornecimento de água, energia elétrica e refeições.

Por Felipe Pereira