Bebês de UTI neonatal do HRC vestem a camisa na torcida pelo hexa
Projeto do Hospital Regional de Ceilândia busca promover a saúde mental das famílias atendidas
Os menores torcedores do Brasil vestiram a camisa pela conquista do hexa. Pequenas só mesmo no tamanho, as crianças atendidas na Unidade de Neonatologia (Uneo) do Hospital Regional de Ceilândia (HRC) já estão vestidas para a estreia do Brasil na Copa.
O projeto Campeões da Uneo vestiu com as cores da seleção 24 pequenos pacientes que todos os dias entram em campo para vencer uma Copa do Mundo pela vida.
A psicóloga Denise Percílio explica que o principal objetivo de ações como essas é promover a integração das famílias à equipe multidisciplinar responsável pelo cuidado.
“Quando nasce um prematuro, nasce uma família prematura”, conta. Enquanto as crianças têm protocolos de atendimento específicos e o suporte de equipamentos e medicamentos necessários para o suporte à vida, ações de acolhimento são realizadas para promover a saúde mental de cuidadores.
“O nosso serviço maior aqui é escutar essas famílias, acolher e ter empatia por cada um, pela particularidade de cada um. Todos da equipe, desde o médico até a assistente social, dentro da sua competência técnica, abordam e acolhem as famílias”, explica a supervisora de enfermagem da Uneo, Raíssa Alves de Sousa.
O projeto Campeões da UNEO contou com a participação de fotógrafos voluntários e das organizações não governamentais Tricosturando, Mãe Generosa e Pedacinho do Afeto BSB, que criaram peças de roupas temáticas para a copa e doaram um enxoval para cada bebê.
“Para essas mães que estão aqui há muito tempo, elas precisam ter a esperança de que vão para a casa com os seus bebês”, conta a supervisora.
A Uneo acolhe tanto crianças recém-nascidas com graves problemas de saúde quanto prematuras extremas, que nasceram com menos de 30 semanas de gestação, quando o indicado é esperar pelo menos 37.
São mais de 100 servidores na equipe interdisciplinar, entre médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos, fisioterapeutas, assistentes sociais e psicóloga, além de contar com o apoio dos demais setores do HRC para atender os pacientes de 25 leitos, sendo dez de cuidados intensivos, dez de cuidados semi-intensivos e cinco de preparação para a alta.
Batizado de Mês da Prematuridade, novembro também é marcado por ações de capacitações para os servidores que atuam na área. Entre os dias 14 e 17, a Uneo do HRC promoveu oficinas sobre dor e estresse, posicionamento e aleitamento, além de encontros com as mães de crianças internadas.