Banco deve indenizar consumidora por reter valores do FGTS no DF
Autora conta que realizou um empréstimo no banco mediante débito do saque aniversário do fundo, mas a quantia não foi disponibilizada
O Banco Pan foi condenado a indenizar consumidora após reter, por 40 dias, o valor correspondente ao saldo do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS). A decisão é do 1º Juizado Especial Cível e Criminal de Samambaia.
A autora conta que, no dia 11 de fevereiro deste ano, realizou um empréstimo no banco mediante débito do saque aniversário do FGTS. Ela afirma que, embora tenha sido retirado o valor do saldo do FGTS, a quantia não foi disponibilizada na conta digital. Relata que a situação gerou transtornos, logo pede que a instituição financeira seja condenada a restituir o valor referente ao empréstimo e a indenizá-la pelos danos morais sofridos.
Ao apresentar a defesa, o banco afirma que o valor foi devolvido à conta digital da consumidora no dia 23 de março, uma vez que o contrato de empréstimo pessoal com retirada de saldo do FGTS foi cancelado. A instituição defende que não há dano moral a ser indenizado.
A magistrada explicou que o entendimento é de que, em regra, o mero inadimplemento contratual não gera indenização por danos morais. A julgadora ponderou que, no caso, o banco “reteve os valores do FGTS da autora por cerca de quarenta dias sem dar qualquer solução ao caso”.
Para a juíza, a instituição financeira deve assumir o ônus decorrente da falha na prestação do serviço e indenizar a consumidora. “A autora se viu obrigada a enfrentar uma verdadeira via crucis para tentar resgatar os valores que foram retirados pelo banco réu de sua conta do FGTS, alvo de seu labor, e ainda com risco de que não conseguisse realizar o procedimento estético tão pretendido e planejado”, registrou.
Dessa forma, o Banco Pan foi condenado a pagar à autora a quantia de R$ 3 mil pelos danos morais.