Auditores fiscais do DF Legal são alvos de operação da PCDF por suspeita de corrupção
Foram cumpridos 17 Mandados de Busca e Apreensão em diversas regiões do DF, Alexânia e Goiânia (GO)
Policiais civis da Delegacia de Repressão à Corrupção (DRCor), com apoio da Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público e Social (Prodep/MPDFT), deflagraram, nesta sexta-feira (20/5), a Operação Ludíbrio para investigar crimes de suposto grupo criminoso composto por auditores fiscais do DF Legal.
Após receber denúncias anônimas, a PCDF começou a investigar e foram colhidos diversos elementos que indicam que os investigados receberiam e/ou cobrariam vantagens indevidas a fim de: não fiscalizar determinados imóveis e pessoas; emitir indevidamente autorizações diversas, como Alvarás de Construção e Cartas Habite-se; reduzir ou extinguir, ilicitamente, débitos e taxas; cancelar, irregularmente, Autos de Infrações, Embargos e Interdições; repassar informações sigilosas sobre data e local de ações fiscalizatórias; dentre outros.
Foram cumpridos 17 Mandados de Busca e Apreensão em diversas regiões do DF, Alexânia e Goiânia (GO). Segundo os agentes, também foram cumpridos três mandados de prisão temporária, expedidos contra o núcleo principal de investigados, composto pelos dois auditores fiscais e uma terceira pessoa, responsável por captar clientes e fazer a intermediação das negociações com os servidores públicos.
“Os clientes identificados até o momento também foram alvo de buscas”, explica o delegado-chefe da DRCor, Rogério Dantas.
As investigações apontaram ainda que um dos auditores fiscais suspeitos já está aposentado, porém se apresentava como se fosse da ativa, a fim de praticar as irregularidades mencionadas.
Os investigados podem responder pelos crimes de associação criminosa, concussão, corrupção, dentre outros, que devem ser apurados. “Somadas, as penas podem chegar a 27 anos de prisão”, destaca Dantas. A Secretaria da DF legal colaborou com a Polícia Civil durante as investigações.
A Operação Ludibrio contou com a participação de 100 policiais. Ela foi assim batizada em razão do termo ser sinônimo de engano e de burla, já que ficou constatado que os investigados, de má-fé, ludibriam as ações fiscalizatórias estatais.