Atleta brasiliense estreia nas piscinas das Paraolimpíadas de Tóquio
Wendell Belarmino inicia sua trajetória no evento na próxima quinta-feira (26/8), às 21h29
A partir desta semana, uma das principais estreias de representantes do Distrito Federal ocorrerá nas piscinas das Paraolimpíadas de Tóquio, que começa nesta terça-feira (24/8). Ao todo, 10 esportistas do DF fazem parte da delegação brasileira formada por 435 pessoas, entre atletas, comissão técnica, médica e administrativa.
O brasiliense Wendell Belarmino Pereira, de 23 anos, nada pela Classe S11 (nados livre, costas e borboleta para nadadores com deficiência visual) e inicia sua trajetória no evento na próxima quinta-feira (26/8), às 21h29, nas eliminatórias dos 50m livre, com a final marcada para o dia seguinte (27/8), a partir das 5h57.
No domingo (29/8), às 22h05, ele entra na água novamente pelas eliminatórias dos 200m medley, com a final prevista para acontecer no dia seguinte (30/8), às 6h53. No dia 31 de agosto, às 7h34, é a vez do revezamento 4 x 100 misto.
Por fim, as eliminatórias do nado 100 metros borboleta ocorrem em 2 de setembro, às 22h48, sendo seguida pela final, às 7h41 do dia 3 de setembro.
“Nesses quase dois anos, trabalhei muito e aqui em Tóquio eu quero voltar ao lugar mais alto do pódio e melhorar as minhas marcas”, garante o jovem.
História
Em Brasília, Wendell treina nas piscinas do Colégio Mackenzie e do Centro de Excelência da Universidade de Brasília (UnB). O atleta já participou dos programas Bolsa Atleta e Compete Brasília, da Secretaria de Esporte e Lazer (SEL). .
A vaga para Tóquio surgiu quando o jovem conquistou o ouro no Mundial de Londres, em 2019, nos 50m livre, sendo o primeiro brasileiro a garantir uma vaga para as Paralimpíadas. Ele ainda voltou para casa com as medalhas de prata, no revezamento 4x100m, e bronze nos 100m livre. No mesmo ano, no Parapan de Lima, ele levou quatro medalhas de ouro e duas de prata, além de quebrar recorde.
O brasiliense tem glaucoma congênito e chegou a passar por 10 transplantes de córneas, hoje conta com algo próximo de 3% da visão. Antes de se encontrar na natação, chegou a praticar hipismo adaptado. Começou a levar a sério os treinos na piscina em 2015. “Em 2016, fui para o evento teste no Rio e já dava para sentir o clima do que seriam os Jogos.