Após pedir nudes de crianças em jogos online, estudante de medicina é preso pela PCDF
A ação foi realizada nessa quarta-feira (31/8), no município de Barra do Garças, em Mato Grosso
A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) prendeu um estudante de medicina, de 30 anos, suspeito de estuprar e distribuir imagem pornográfica envolvendo crianças e adolescentes. A ação foi realizada nessa quarta-feira (31/8), no município de Barra do Garças, em Mato Grosso.
As investigações foram iniciadas em junho do ano passado quando um homem, ao verificar o celular do filho de 12 anos, notou a existência de conversas de cunho sexual com o suspeito. Os diálogos começaram durante os jogos online em que o filho participava.
Durante as conversas, o criminoso solicitava o envio de fotos, por meio de um número de whatsapp registrado em nome de terceiros, e também encaminhava vídeos e fotografias pornográficas.
De acordo com a PCDF, o conteúdo das conversas demonstrava que o autor tinha preferência por crianças e jovens de até 13 anos. O suspeito passava por criança ou por um dos “construtores” das cidades dos jogos, usava o poder que tinha para convencer os menores a trocar fotos e vídeos sexuais, com a promessa de recompensas no jogo.
Alguns dos diálogos foram realizados por meio do computador da sede da empresa em que trabalhava, localizada na cidade de Barra do Garças, mesma região onde havia registros do local enviados pelo autor a um dos menores. Em diligências no ponto de localização, constatou-se que se tratava de uma casa abandonada, provavelmente usada para a prática de sexo com menores não identificados.
O imóvel ficava perto da residência do autor que, em janeiro de 2021, antes de ser preso, fugiu para a Bolívia. De acordo com as investigações, o envolvido, durante esse período, estudava medicina no país e retornou ao Brasil para realização de um procedimento médico. A análise dos dados do celular e do computador revelam indícios de conexões e envios de arquivos a moradores de países da Bélgica e Bolívia.
O indivíduo foi indiciado em inquérito policial pelo crime de estupro de vulnerável e pela troca, disponibilização, transmissão e distribuição de fotografia, vídeo ou outro registro pornográfico, envolvendo criança ou adolescente.