Após audiência de custódia, agente da PCDF acusada de "stalking" seguirá presa – Mais Brasília
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Após audiência de custódia, agente da PCDF acusada de “stalking” seguirá presa

Rafaela foi localizada por volta das 22h dessa quarta-feira (1/12), na casa de parentes na Asa Norte

Foto: Reprodução

Após a audiência de custódia realizada na manhã desta quinta-feira (2/12), a Justiça determinou que a agente da Polícia Civil do DF (PCDF0, Rafaela Luciane Motta Ferreira seguirá presa.

A determinação atende ao pedido da Corregedoria Geral da PCDF de manter a suspeita de agredir e esfaquear o ex-namorado em prisão preventiva.

Rafaela foi localizada por volta das 22h dessa quarta-feira (1/12), na casa de parentes na Asa Norte. Após ter ciência do mandado de prisão, a agente esperou a chegada dos advogados para se entregar. Segundo a PCDF, a ordem só foi cumprida na madrugada após negociação.

Em nota, a defesa de Rafaela afirma que a prisão da cliente foi inconstitucional. Ainda segundo seus advogados, a policial teria sido ameaça e coagida pelos próprios colegas de profissão.

“Causou surpresa à defesa o fato de a Corregedoria cumprir a diligência no período noturno, demonstrando a violação constitucional do art. 5, XI, da Constituição Federal que garante a inviolabilidade do domicílio. Após usar da força para tentar arrombar a porta desferindo chutes, decidiram chamar um chaveiro. Além da tentativa de invasão do domicílio, os agentes a todo momento proferiam ameaças, coagindo a cliente a abrir a porta”, informou o documento.

A defesa da agente também solicitou ao Ministério Público que apure a forma como ocorreu a determinação judicial.

Entenda o caso

No último domingo (28/11), Rafaela Motta foi detida após furar os pneus do carro, agredir e esfaquear o ex-namorado. Na ocasião, após assinar um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO), ela foi liberada.

Rafaela acumula um histórico de agressões contra pessoas com quem se relacionou. Ela já responde pelo crime de “stalking” cometido em outro relacionamento.

Em agosto deste ano, a agente foi detida após invadir o prédio do Departamento de Polícia Especializada (DPE) durante o depoimento de um ex-namorado.