Aniversário de Brasília: Reabertura do Catetinho mostra objetos históricos da criação da capital do país
O Catetinho é um símbolo da cidade
Construído em tempo recorde (apenas 10 dias), inaugurado em 1956, projetado por Oscar Niemeyer como a única obra arquitetônica inteiramente de madeira, o Museu do Catetinho, a primeira residência oficial do presidente Juscelino Kubistchek, foi reaberto ao público nesta quinta-feira (21/4), aniversário de 62 de Brasília.
A solenidade oficial de reabertura contou com a presença do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, e de outras personalidades; e ocorreu em duas etapas.
Primeiramente às 9h, em um espaço fechado e restrito, para as autoridades. Na ocasião, o governador discursou.
“Esse monumento representa o sonho de muitos brasileiros, representa a ideia de trazer o desenvolvimento para o Centro-Oeste, para onde vieram milhares de famílias com o ideal de vencer na vida”, declarou o governador em discurso de reabertura.
Logo após, as pessoas puderam circular livremente pelas instalações do local.
O Catetinho é um símbolo da cidade e representa uma época histórica.
Segundo a gerente responsável pelo acervo do Museu, Maria Inês Alves de Souza, da Secec, existe conhecer o espaço é importante para o brasiliense adquirir a sensação de pertencimento e entender mais da história da construção de Brasília.
“Juscelino tinha um enorme amor pelo Catetinho porque foram amigos dele que doaram todo o material para a construção desse lugar. Ele vinha à Brasília toda semana vistoriar de perto a construção da capital e ficava instalado na Fazendo do Gama, que era longe, de difícil acesso. Os amigos dele então se juntaram e fizeram uma doação. O Catetinho foi um presente para o presidente, por isso há um apego sentimental da família com este local”.
Nas instalações do Museu há diversos objetos cenográficos; alguns utilizados pelo próprio Juscelino Kubitschek e a esposa dele, a primeira-dama, Sarah Kubitschek; como os trajes oficiais usados pelo casal na solenidade de inauguração da capital do país.
Ou as malas de viagem, mimos dados para os clientes da antiga, famosa e extinta viação aérea, a Companhia Panair. A empresa foi uma das responsáveis por trazer funcionários federais do Rio de Janeiro para a nova capital.
Outra curiosidade do Museu são as instalações que mostram objetos musicais, como os vinis daquela época e a caixa cenográfica do violão de Dilermando Reis, um seresteiro muito amigo do presidente Juscelino Kubitschek.