Acusados de matar transexual no DF enfrentarão júri popular na próxima terça-feira (16/11)
Letícia Oliveira Santos é a única entre os acusados que responde em liberdade. Os demais estão presos provisoriamente
O Tribunal do Júri de Taguatinga começa a julgar, na terça-feira (16/11), cinco acusados pelo homicídio qualificado de Wilson Júlio Suzuki Júnior, conhecida pelo nome social de Ághata Lios. O crime aconteceu no dia 26 de janeiro de 2017 no interior do Centro de Distribuição dos Correios, na cidade de Taguatinga.
Daniel Ferreira Gonçalves, nome social Carolina Andrade ou Carol, foi denunciado por homicídio qualificado e roubo. Greyson Laudelino Pessoa, nome social Bruna Alencar, e Francisco Delton Lopes Castro, nome social Samira, também respondem por homicídio. Deyvisson Pinto Castro, nome social Lohanny Castro, foi denunciado por homicídio e corrupção de menores. Já Letícia Oliveira Santos foi pronunciada por participação no crime ao emprestar a arma usada e corrupção de menores.
Denúncia do MPDFT aponta que quatro dos acusados teriam desferido golpes de faca e facão na vítima, causando ferimentos que a levaram à morte. O crime teria sido motivado em decorrência da disputa de ponto de prostituição, o que, de acordo com o Ministério Público, caracterizaria motivo torpe, cruel e com emprego de meios que dificultaram a defesa da vítima.
Letícia Oliveira Santos é a única entre os acusados que responde em liberdade. Os demais estão presos provisoriamente.
Sessão de julgamento
A sessão de julgamento está prevista para começar nesta terça-feira, 16/11, às 9h, no plenário do Fórum de Taguatinga. A expectativa é que o julgamento se estenda por dois dias. Ao todo, Ministério Público e Defesas Técnicas arrolaram 10 testemunhas.
Inicialmente, o júri estava marcado para o dia 17 de fevereiro de 2020, mas foi redesignado para 23 de março após pedido da defesa para análise de provas. Em virtude da pandemia e das medidas de isolamento impostas à época, o julgamento foi adiado e marcado para o dia 16.
O acesso à audiência será restrito às partes do processo, ainda em virtude da pandemia e das medidas de segurança sanitárias e distanciamento social decorrentes da Covid-19.