Acusado de matar mulher esganada é indiciado por feminicídio no DF
O fato mais recente dessa investigação é o depoimento de um amigo do investigado à polícia, na última terça-feira (18)
A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) indiciou por feminicídio o namorado de Elaine Vieira de Jesus Dias, que morreu na noite do dia 22 de março deste ano no DF. Inicialmente, acreditava-se que Elaine havia morrido engasgada com carne. Mas hoje a tese mais aceita é a de que ela tenha sido enforcada pelo namorado. O nome dele Marcus Renato de Sousa da Silveira, de 44 anos, e Marcus está preso.
O fato mais recente dessa investigação é o depoimento de um amigo do investigado à polícia, na última terça-feira (18). De acordo com o jornal Correio Braziliense, o homem defendeu o colega e reforçou a versão da defesa, dizendo que Marcus teria tentado salvar mulher durante o engasgo, fazendo manobras de desobstrução recomendadas pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).
O Correio falou com a defesa de Marcus, que preferiu não se manifestar.
O caso
Elaine morreu na noite do dia 22 de março e início da madrugada do dia 23. Ela estava dentro da casa de Marcus, com quem tinha um relacionamento havia cerca de nove meses.
Marcus disse na delegacia que teve um desentendimento com a mulher que a teria levado a sair de casa, e os dois não teriam conversado durante o dia. No começo da noite, Elaine teria postado, no Instagram, uma foto em um bar do Guará. Marcus teria telefonado duas vezes para namorada. Na primeira, uma amiga atendeu e teria dito que Elaine estava com ela. Na segunda, por volta das 22h, a própria Elaine teria atendido e perguntado se podia dormir na casa dele.
A mulher chegou à casa do namorado em um transporte por aplicativo. No depoimento, Renato disse que a mulher estava bêbada, pegou um prato de comida na cozinha e foi para o quarto. Minutos depois, ele afirma que a encontrou caída no chão engasgada com um pedaço de carne. O próprio homem acionou o Samu, que levou Elaine ao Hospital Regional de Samambaia.
O laudo do Instituto Médico-Legal atestou a existência de hematomas em partes do corpo da mulher, como joelhos, cotovelos e pescoço, o que reforça a tese de esganamento.
Por Alexandre Bittencourt, do Mais Goiás