Acusado de matar companheiro em estacionamento do Parque da Cidade é condenado a 14 anos de prisão
Crime ocorreu no fim de 2017, após desentendimentos entre os parceiros. Réu não poderá recorrer em liberdade.
O Tribunal do Júri de Brasília condenou Frederico Bruno Floriano da Silva a 14 anos de prisão por homicídio com arma de fogo, em sessão longa, que se estendeu até a noite desta quinta-feira (27/05). A vítima, Ricardo Pio Rodrigues, tinha 42 anos e morreu em dezembro de 2017, no Estacionamento 10 do Parque da Cidade.
Frederico e Ricardo trabalhavam juntos pela Latam Linhas Aéreas, e mantinham um relacionamento na época do crime, que durou dois anos e seis meses. De acordo com as investigações da Polícia Civil do DF (PCDF), os dois brigaram, e o fim do namoro teria motivado o assassinato.
Para o Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT), o crime foi praticado por motivo torpe, consistente no sentimento de posse que o acusado nutria contra a vítima. Além disso, Frederico teria cometido o crime com uso de recurso que dificultou a defesa da vítima, uma vez que foi surpreendida quando se encontrava desprotegida durante a madrugada sem condições de prever o ataque.
Após mudar de versões algumas vezes, durante o júri, a defesa alegou que Frederico não cometeu o crime, ao afirmar que ele passou pelo Parque da Cidade apenas para trocar o pneu do veículo, e que sequer ficou no local tempo o suficiente para atirar em Ricardo.
Os jurados acolheram a tese do MPDFT em sua totalidade. Diante disso, o juiz considerou que “não há qualquer fato novo que autorize a revogação da prisão preventiva, razão pela qual o acusado permanecerá preso”, o que significa que ele poderá recorrer, mas não em liberdade.
Frederico está preso desde 2018, um ano após o assassinato de Ricardo, cujo corpo foi encontrado por vigilantes do Parque da Cidade. O casal costumava frequentar o local para manter relações entre eles e com outras pessoas no estacionamento.