“A hora que eu soltei a rifa, eu já sabia que era proibido”, disse influenciador do DF envolvido em esquema de lavagem de dinheiro – Mais Brasília
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“A hora que eu soltei a rifa, eu já sabia que era proibido”, disse influenciador do DF envolvido em esquema de lavagem de dinheiro

Klebim foi alvo de uma operação da PCDF em 21 de março. Agora, ele responde em liberdade

Foto: Reprodução/Instagram

Áudios do influenciador e Youtuber Kleber Rodrigues Moraes, o Klebim, de 27 anos, demonstram que ele sabia sobre a ilegalidade das rifas e sorteios realizados. O conteúdo divulgado pelo Fantástico na noite desse domingo (3/4), mostra que o jovem sabia que a atividade realizada era contra a lei.

“Não tem jeito de pobre ficar rico se não tiver fazendo nada errado com o governo. Não tem jeito. A hora que eu soltei a rifa, eu já sabia que era proibido. O sorteio já sei que é proibido. Sei que tudo é proibido”, afirmou Klebim.

Foto: Áudios com falas de Klebim que demostram que ele sabia de ilegalidade do esquema. Foto: Reprodução/TV Globo
Foto: Áudios com falas de Klebim que demostram que ele sabia de ilegalidade do esquema. Foto: Reprodução/TV Globo

Klebim foi alvo de uma operação da Polícia Civil do DF (PDF) deflagrada em 21 de março. Além da prisão do influencer, a polícia cumpriu outros mandados de prisões temporárias, sete mandados de busca e apreensão, sequestro de nove carros de luxo, como Ferrari, Lamborghini e Mercedes. Agora, todos os envolvidos respondem em liberdade.

De acordo com a corporação, o influenciador chefia um esquema de rifas ilegais e lavagem de dinheiro, que teria rendido milhões de reais ao investigado.

O trabalho da polícia teve início há cerca de dois meses, depois de uma denúncia anônima. Klebim também é dono de uma oficina, onde reforma e revende carros. Era de lá que saiam os prêmios para os ganhadores.

Ainda de acordo com a PCDF, o grupo embolsava mais de R$ 1 milhão por sorteio. No entanto, este tipo de atividade é considerada jogo de azar: uma contravenção penal.

“O que se tratava de uma mera contravenção penal se mostrou uma sofisticada organização criminosa especializada em lavagem de capitais e falsificação de documentos particulares”, explicou o delegado André Leite , da Polícia Civil do Distrito Federal.

Para a polícia, o esquema de lavagem, funcionava assim: pelo menos 5 empresas e 10 pessoas eram usadas como laranjas e recebiam os pagamentos das rifas.

O influenciador se manifestou por meio de um vídeo publicado em rede social onde afirma que nunca cometeu crime algum.

“Vivemos um mundo digital, numa era digital e nós precisamos que essa lei seja atualizada”, afirmou.

 

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