PGR pede ao STJ investigação de Ibaneis Rocha, governador afastado do DF

O afastamento do governador foi determinado pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF

A PGR (Procuradoria Geral da República) pediu ao STJ (Superior Tribunal de Justiça) que seja aberta uma investigação contra o governador afastado do DF (Distrito Federal), Ibaneis Rocha (MDB).

O STJ é o tribunal responsável por julgar processos relacionados a governadores. Apesar de o documento da procuradoria estar sob sigilo, o pedido foi confirmado pelo órgão.

O afastamento do governador foi determinado pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), depois dos atos de vandalismo promovidos por bolsonaristas na capital neste domingo (8).

A suspensão determinada por Moraes vale por 90 dias. A medida terá como objetivo analisar uma possível conduta omissiva do governador do DF ao não coibir os atos e a ausência de um plano de segurança que evitasse o ingresso na esplanada de golpistas.

Após o ato, Ibaneis gravou um vídeo para pedir desculpas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Ele disse estar monitorando a situação, mas que nunca esperou que ela pudesse chegar a esse ponto.

Com a saída do governador, assumiu a sua vice, Celina Leão (PP-DF), que também é apoiadora do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Em 2016, Celina e outros três deputados foram afastados da mesa diretora da Câmara Legislativa do Distrito Federal por serem suspeitos de participar de um esquema de pagamento de propina em contratos. A ação foi batizada de Operação Dracon.

Nesta segunda (9), o comando da Polícia Militar do DF também virou alvo de uma investigação do Ministério Público Federal. O órgão vai apurar se houve omissão do comandante, coronel Fábio Augusto Vieira, e demais autoridades nas invasões às sedes dos Três Poderes.

Vídeos mostram policiais permitindo a entrada de golpistas nos edifícios, filmando a depredação e conversando com manifestantes. O presidente Lula decretou intervenção federal na segurança pública do Distrito Federal até o fim de janeiro.

Por Constança Rezende 

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