Caso Lázaro: polícia acredita que Cleonice foi estuprada pelo criminoso
Investigação sobre chacina no DF continua para identificar comparsas de Lázaro Barbosa
As investigações sobre a chacina cometida por Lázaro Barbosa, no dia 9 de junho, seguem em andamento em Distrito Federal, confirmou o delegado Raphael Seixas, da 24ª Delegacia de Polícia (Ceilândia).
Segundo ele, mesmo que todos os envolvidos tenham morrido, o trabalho da polícia continua na tentativa de identificar possíveis comparsas do Lázaro. “O inquérito não foi arquivado, mas está sob sigilo. O objetivo é descobrir se o Lázaro contou com a colaboração de alguém”, explicou.
O delegado confirmou que, para a polícia, não restam mais dúvidas sobre a autoria da chacina. Já a motivação para o crime ainda é um mistério.
“Não está claro o que levou o Lázaro a cometer o fato. Sabemos que ele estava envolvido com crimes patrimoniais violentos, mas, no caso da chacina, existe a dificuldade de todas as vítimas estarem mortas, isso traz um grande prejuízo em termos de detalhes para a investigação”, acrescentou.
Estupro
Durante a coletiva, o delegado Raphael Seixas destacou que a polícia acredita na possibilidade da empresária Cleonice Marques, 43 anos, ter sido, além de morta, estuprada por Lázaro. “Não dá para saber ser o esperma encontrado na vítima era dele, mas tudo indica que ela foi estuprada sim”, disse.
No dia 9 de junho, o marido da empresária, Cláudio Vidal, 48 anos, e os filhos dela, Gustavo Vidal, 21, e Carlos Eduardo Vidal, 15, foram encontrados mortos com marcas de tiro e facadas na casa da família, na área rural do Incra 9, em Ceilândia Norte.
Já a Cleonice foi sequestrada e o corpo dela só foi encontrado no dia 12 de junho, em um córrego, preto de uma área de vegetação.
Relembre os caso
As buscas por Lázaro Barbosa de Sousa duraram 20 dias e o caso repercutiu em todo Brasil. Desde que cometeu a chacina no DF, o criminoso passou a fugir da polícia e chegou a invadir várias chácaras da região rural localizada entre Cocalzinho e Águas Lindas, já em Goiás.
Durante a caçada, Lázaro fez reféns, atirou contra policiais e chegou a comer nas casas que ele invadia. Porém, no dia 28 de junho, ele foi localizado e morto durante um confronto com policiais em Águas Lindas.
Veja o vídeo da entrevista com o delegado Raphael Seixas.