Três adolescentes e dois adultos confessaram estupro coletivo em criança indígena no MS
corpo da garota foi encontrado em meio a pedras, sem roupas e com a perna direita dilacerada
Três adolescentes de 16, 14 e 13 anos e dois adultos confessaram serem os autores do estupro coletivo contra uma criança indígena em Mato Grosso do Sul. O crime ocorreu no município de Dourados (MS), a 230 km de Campo Grande na madrugada de segunda-feira (9/8).
Raissa da Silva Cabreira, da etnia Kaiowá, tinha 11 anos e pertencia a aldeia Bororó. O corpo da garota foi encontrado em meio a pedras, sem roupas e com a perna direita dilacerada. Entre os suspeitos do crime que chocou Dourados está um tio da menina.
Após as prisões, na tarde dessa terça-feira (10), o Setor de Investigações Gerais (SIG) da Polícia Civil detalhou a dinâmica do crime.
Segundo o delegado do SIG, Erasmo Cubas, as investigações apontam que o crime brutal foi planejado. Os cincos suspeitos, entre eles um tio da menina, teriam combinado de levar a adolescente para o local para cometerem o abuso. Após serem reconhecidos eles jogaram a vítima de um penhasco.
Dinâmica
Segundo o SIG, dois adolescentes, que faziam uso de bebida com a vítima a arrastaram de sua residência até o local do estupro. Ali eles a obrigaram a beber pinga e junto com os demais envolvidos cometeram os abusos por diversas vezes. Em depoimento, os dois afirmaram que a todo o momento, Raissa gritava e pedia socorro até desmaiar.
Durante o ato, um tio da vítima chegou ao local e também participou do crime. Ainda segundo a polícia, esse tio estuprava a menina desde os cinco anos.
A perícia apontou que a menina estava viva quando foi arremessada e que Raíssa ainda tentou se segurar nas pedras, ocasionando fraturas nos braços. O laudo do IML constatou o estupro e lacerações nos órgãos genitais.
Elinho Arelavo, de 33 anos e tio da vítima, Leandro Pinoza, 20 anos, vão responder por homicídio qualificado, feminicídio e estupro de vulnerável. Os três adolescentes de 16, 14 e 13 anos vão responder por atos análogos aos mesmos crimes.