Tiktoker explica por que, apesar da fofura, não se deve acariciar capivaras
André Francis usa perfil para falar sobre assuntos ligados a ciência e biologia
As capivaras costumam virar notícia por motivos variados. Já vimos casos de capivara atacando cabras, a cidade no interior de São Paulo que inaugurou um monumento para homenagear o animal, e o homem que foi atacado durante um mergulho, sem contar os casos de bombeiros chamados para resgatar capivaras que invadem residências. No entanto, por mais fofo que o animal pareça, você sabe por que não devemos fazer carinho em uma capivara?
O estudante de biologia e tiktoker André Francis, que tem mais de 42 mil seguidores no TikTok, contou porque devemos evitar tocar nas capivaras.
“Que capivara é fofa todo mundo sabe, quem discorda disso tem um desvio de caráter. Mas uma coisa que a gente nunca pode fazer é em hipótese alguma é colocar a mão em uma capivara”, disse o estudante, em um vídeo bem-humorado, que viralizou.
Francis, que usa seu perfil para falar sobre assuntos ligados a ciência e biologia, alertou que a capivara é um dos hospedeiros do carrapato-estrela, “que transmite uma família de bactérias que a gente chama de Rickettsia e que causa a febre maculosa”.
Os sintomas mais comuns da doença, são “conjuntivite, febre e vermelhidão pelo corpo. Em casos mais graves, causa gangrena dos dedos e também da orelha”, relata Francis.
De acordo com os dados públicos do SINAN (Sistema de Informação de Agravos de Notificação), o Brasil teve 2090 casos de febre maculosa brasileira (FMB) registrados de 2000 a 2018. A distribuição dos casos por região mostra uma concentração na região Sudeste (73,73%) e na região Sul (23,92%). O Centro-Oeste registrou 22 casos (1,05%). Quanto às mortes, foram 681 no mesmo período, a maioria no Sudeste (98,8%).
O estudante também alertou para o risco de outra doença, também transmitida por carrapatos: a doença de Lyme. Comum nos Estados Unidos e no Canadá, ela é provocada por um tipo de bactéria transmitida por carrapatos.
“Além de outras coisas (a doença de Lyme) pode causar fadiga crônica, perda muscular e alterações neurológicas”, diz Francis, que faz um apelo sobre os animais silvestres: “Deixem só para ver de longe, porque eles podem ser depósitos de vetores de doenças ou de vírus e bactérias. E isso pode ser perigoso para você e para eles”.