Secretários pedem que Ministério da Saúde autorize mistura de vacinas e priorize 3ª dose de idosos

Pleitos têm objetivo de contornar escassez de doses de AstraZeneca e reduzir internações e óbitos

Em ofício enviado nesta segunda-feira (13/9) ao ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, os secretários estaduais de Saúde pedem que o Programa Nacional de Imunizações passe a priorizar a terceira dose aos idosos e autorize a combinação de vacinas já para a segunda dose quando houver risco de atraso em situações de indisponibilidade da vacina inicialmente utilizada.

O texto é de autoria do Conass, o Conselho Nacional de Secretários de Saúde, e é assinado pelo presidente do grupo, Carlos Lula.

O ofício demanda a priorização da dose de reforço dos idosos com 60 anos ou mais, em especial os institucionalizados, e também das pessoas com comprometimento do sistema imunológico, de preferência com vacina diferente em relação às duas primeiras doses.

Ele também sugere a redução do prazo de seis para cinco meses após a última dose do esquema vacinal (uma ou duas doses) para aplicação da dose de reforço.

A ideia é reduzir o número de internações e óbitos, já que esses grupos são os mais vulneráveis durante a pandemia da Covid-19.

Como consequência disso, pede que a vacinação dos adolescentes sem comorbidades aconteça depois do atendimento dos idosos e imunodeprimidos.

O pedido de autorização para a combinação de vacinas (ou vacinação heteróloga) faz parte de contexto em que estados têm apontado falta de doses de AstraZeneca, que são enviadas pelo governo federal.

Em São Paulo, a gestão Ricardo Nunes (MDB) decidiu usar doses da Pfizer para segunda dose no lugar de AstraZeneca.

Por Fábio Zanini

 

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