Rio de Janeiro tem o primeiro caso suspeito da variante ômicron
Autoridades investigam se uma mulher que chegou de Joanesburgo, na África do Sul
A Prefeitura do Rio confirmou nesta quarta-feira (1º) o primeiro caso suspeito da variante ômicron na cidade. As autoridades investigam se uma mulher que chegou de Joanesburgo, na África do Sul, foi infectada pela nova cepa, classificada como de risco elevado pela OMS (Organização Mundial da Saúde).
O secretário de Saúde da cidade, Daniel Soranz, diz que o primeiro teste de Covid-19 ao qual a mulher se submeteu, quando chegou ao país, no último dia 21, deu negativo. No dia 29, porém, ela fez um novo teste por causa do trabalho e o resultado foi positivo.
“A gente colheu uma nova amostra ontem à noite e enviamos para a Fundação Oswaldo Cruz, que vai identificar qual tipo de variante estava presente”, disse Soranz à TV Globo.
O caso suspeito no Rio surge um dia após a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) ter anunciado que a variante foi identificada no Brasil. A confirmação dos dois primeiros casos da cepa no país foi feita pelo governo de São Paulo na noite desta terça (30).
Trata-se de um casal de brasileiros que vive na África do Sul, país onde a nova cepa foi identificada pela primeira vez, e que estava em visita ao Brasil. O homem tem 41 anos, e a mulher, 37. Ambos estão assintomáticos e isolados na casa de parentes em São Paulo.
Já nesta quarta, o estado confirmou o terceiro caso da ômicron, desta vez em um homem de 29 anos que veio da Etiópia. Ele havia testado positivo para a Covid e estava isolado em Guarulhos.
A nova cepa tem preocupado as autoridades sanitárias por apresentar múltiplas mutações que a tornariam potencialmente mais transmissível.
Na segunda (29), a OMS destacou que são muitas as incógnitas sobre a cepa, especialmente sobre o perigo real que representa. “Dadas as mutações que poderiam conferir a capacidade de escapar de uma resposta imune, e dar-lhe uma vantagem em termos de transmissibilidade, a probabilidade de que a ômicron se propague pelo mundo é elevada”, afirmou a entidade.
O diretor da organização instou os países a darem uma resposta calma, coordenada e coerente à nova variante.
“Compreendo a preocupação de todos os países por proteger seus cidadãos”, disse Tedros Adhanom. “Mas também estou preocupado com o fato de que vários Estados-membros implantem medidas gerais e brutais que não são fundamentadas em evidências nem são eficazes por conta própria, e que apenas agravarão as desigualdades.”
Por Matheus Rocha