PF faz operação contra crimes eleitorais e lavagem de dinheiro; coach goiano Pablo Marçal é um dos alvos

Coach ficou conhecido ao colocar 32 pessoas em risco durante uma expedição motivacional

Polícia Federal (PF) está conduzindo nesta quarta-feira (5), em São Paulo, uma operação que investiga crimes de falsidade ideológica eleitoral, apropriação indébita eleitoral e lavagem de dinheiro ocorridos durante as eleições de 2022. Um dos alvos é o coach goiano Pablo Marçal. Nas eleições do ano passado, Marçal era pré-candidato do PROS à Presidência da República. No entanto, devido a conflitos internos no partido, ele alterou o registro da candidatura para concorrer ao cargo de deputado federal.

Conforme as investigações, o coach e seu sócio fizeram doações milionárias para campanhas, sendo que grande parte desses recursos foi posteriormente transferida para as empresas de sua propriedade.

PF cumpriu sete mandados de busca e apreensão nas residências dos investigados e nas sedes das empresas supostamente envolvidas, de acordo com as informações fornecidas.

Histórico

Em 2022, Pablo Marçal se lançou candidato à presidência da República pelo PROS (Partido Republicano da Ordem Social). Na época, ele declarou à Justiça Eleitoral possuir um patrimônio de quase R$ 17 milhões.

Quando se filiou à legenda, o coach sinalizava a intenção de disputar uma vaga na Câmara dos Deputados, mas o partido oficializou o nome dele ao Palácio do Planalto em maio.

A candidatura, porém, foi retirada pelo PROS em agosto, contra a vontade de Pablo, que, depois de tentativas de derrubar a decisão do partido, decidiu apoiar o então candidato Jair Bolsonaro.

Quem é Pablo Marçal

coach ganhou destaque na mídia em janeiro do ano passado, quando colocou 32 pessoas em risco durante uma expedição motivacional ao Pico dos Marins, na cidade de Piquete, em São Paulo. As 32 pessoas precisaram ser resgatadas pelos Bombeiros após uma tempestade que deixou o grupo preso na montanha.

Os bombeiros criticaram a ação do coach, afirmando que Marçal “foi totalmente irresponsável” e “colocou as pessoas em risco de morte”.

Marçal, por sua vez, minimizou as críticas e disse que “quem não quer correr risco fica em casa vendo stories”.

Por Fabrício Moretti, do Mais Goiás

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