PF cumpre mandados em Goiás, Pará e DF contra servidores da Agência Nacional de Mineração
Operação cumpriu nove mandados de busca e apreensão, inclusive contra uma mineradora e seus dois sócios
A Polícia Federal (PF) deflagrou, nesta terça-feira (28/2), a Operação Grand Canyon II. A ação cumpriu nove mandados de busca e apreensão contra servidores da Agência Nacional de Mineração (ANM), uma mineradora e seus dois sócios. Os alvos são dos Estados de Goiás e do Pará, e do Distrito Federal.
Ainda segundo a PF, os servidores investigados serão afastados de suas funções públicas. Além disso, os alvos são suspeitos de associação criminosa, corrupção passiva, corrupção ativa e advocacia administrativa.
A corporação explica que o modus operandi dos suspeitos seria o mesmo verificado na operação Grand Canyon, de 2015. Por isso o nome. À época, servidores do então Departamento Nacional de Produção Mineral no Estado do Pará (DNPM/PA) atuavam de forma ilegal em processos minerários, a fim de “atender interesses escusos de empresas mineradores em troca do recebimento de vantagem indevida”.
Sobre este caso, a PF começou a investigação depois de uma notícia-crime feita por uma mineradora. Ela teria sido prejudicada por servidores da ANM em processos minerários em benefício da empresa investigada.
Os agentes também apuraram que a empresa alvo pode ser de fachada, uma vez que não tem sede nos endereços cadastrados, não possui frota de sua propriedade e nem vínculos empregatícios registrados. Além disso, um dos servidores da Agência, que é investigado pela PF, atuou como advogado da mineradora beneficiada até meados de 2022.