PF cumpre mandados contra hackers suspeitos de atacar STF
São cumpridos seis mandados de busca e apreensão e três de prisão temporária nesta terça-feira (8/6)
A Polícia Federal (PF) deflagrou, na manhã desta terça-feira (8/6), a Operação Leet, que tem como objetivo cumprir mandados de prisão contra suspeitos envolvidos em ataques cibernéticos ao Supremo Tribunal Federal (STF).
De acordo com a Agência Brasil, ao todo, são cumpridos seis mandados de busca e apreensão e três de prisão temporária nas cidades de Itumbiara (GO), Bragança Paulista (SP), Belém do São Francisco (PE), Jaboatão dos Guararapes (PE) e Olinda (PE).
No dia 3 de maio, técnicos do STF identificaram atividades suspeitas no portal do tribunal e derrubaram os sistemas da Corte, incluindo o site oficial, que ficou diversos dias fora do ar. Diante disso, acompanhamento de andamentos processuais ficaram inacessíveis, o que levou a uma suspensão de prazos processuais por 48 horas.
À época, o Supremo divulgou nota afirmando ter identificado “acessos fora do padrão” em seus sistemas, mas não confirmou tratar-se de um ataque. Uma investigação sigilosa foi então conduzida pela Polícia Federal, que informou em nota ter identificado a prática de crimes cibernéticos.
“No curso do inquérito policial foram identificados os endereços de onde partiram os ataques, bem como as pessoas que, de forma sistemática e organizada, praticaram os crimes ora apurados”, diz texto divulgado pela PF. O órgão acrescentou que, com as provas eventualmente colhidas nesta terça-feira, “busca-se identificar demais partícipes e circunstâncias dos atos criminosos”.
Crime
Os envolvidos podem vir a responder por crime de invasão de dispositivo informático, previsto no Artigo 154-A do Código Penal, com pena de um a quatro anos de reclusão, além de multa.
De acordo com a PF, o termo Leet que dá nome à operação, se refere a uma forma de comunicação pela internet que utiliza símbolos para substituir letras e que, com o uso, tornou-se uma espécie de dialeto online. Esse tipo de linguagem costuma ser utilizada por diferentes grupos, incluindo hackers. Uma das teorias é de que essa linguagem tenha surgido para driblar filtros de texto em fóruns online.