Pandemia impulsiona transformações e ensino híbrido deve ser maioria em 2022
Pesquisa revela que futuros universitários desejam um modelo pedagógico híbrido, que combine o ensino presencial e virtual
Nos últimos anos, todos os modelos de negócios precisaram se adaptar de alguma maneira. Na educação, não foi diferente. Antes da pandemia, a educação mediada pela tecnologia já estava em constante crescimento, a chegada do novo coronavírus só afirmou e expôs que o investimento em plataformas online, infraestrutura, formação de professores para atividades online são os caminhos mais promissores e necessários.
Uma pesquisa sobre perspectivas para 2022, realizada pela Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES) e pela Educa Insights, mostrou que 63% dos entrevistados vão iniciar a graduação em 2022. O levantamento, que ouviu mais de mil pessoas, também mostrou que os futuros universitários desejam um modelo pedagógico híbrido, que combine o ensino presencial e virtual.
A Escola de Saúde Unyleya adotou o sistema híbrido em todos os cursos. Nessa modalidade as práticas online e offline são integradas. Na metodologia, há momentos em que o aluno estuda sozinho, aproveitando as ferramentas online, em outros a aprendizagem acontece de forma presencial, com a interação entre alunos e professores.
A instituição incorporou novas tecnologias, e o processo passou a estar mais focado no aluno. As aulas antes tradicionais e expositivas estão sendo substituídas por aquelas que são as chamadas aulas com metodologia ativa de aprendizagem, contemplada pela maior presença de tecnologia e que fala a linguagem do estudante, que tem um maior protagonismo agora.
Para Kedma Villar, diretora da instituição, essa modalidade só trouxe vantagens. A metodologia foi aceita muito bem pelos alunos e a maioria pretende continuar a estudar no formato híbrido, mesmo quando for possível a volta aos moldes tradicionais.
“O aluno estuda na hora quiser, de onde quiser, em seu ritmo, sem abrir mão das práticas tão essenciais à área de saúde. Os maiores desafios estão na qualidade do serviço de internet e na necessidade de uma política de incentivos para compra de dispositivos como computadores, tablets e celulares, fazendo com que fiquem mais acessíveis a estudantes de todos os segmentos”.
“Durante as aulas que acontecem por videoconferência, os participantes têm a oportunidade de interagirem em tempo real com colegas e professores. Esse momento de interação virtual é importante e vai além do “ estudar sozinho online”, comenta a diretora.