Pai de Henry Borel denuncia perfil fake que pede doações
A conta falsa do Instagram já tem mais de 20 mil seguidores e vende fotos do menino Henry
O pai do menino Henry Borel, Leniel Borel, usou suas redes sociais no sábado (26/6) para denunciar a criação de uma conta falsa em seu nome para receber doações e vender fotos do menino.
“Lamentavelmente há um perfil fake cometendo condutas desrespeitosas e criminosas. Sem nenhum envolvimento da minha parte, esse perfil está anunciando a venda de quadros com a imagem do Henry, além de pedir doações. Por favor, não contribuam!!! Peço ajuda de todos para denunciar”, escreveu Leniel aos seus 490 mil seguidores.
O perfil denunciado pelo pai do garoto é fechado, mas já reúne 20,6 mil seguidores. Na descrição, a página é atribuída ao “papai do Henry Borel”. Após Leniel começar a desmentir a conta, o falsificador apenas adicionou o termo “perfil de apoio”, mas continua postando fotos do menino e pedindo ajuda para produzir 1.500 quadros da criança.
Segundo Leniel, o próximo passo será acionar a justiça, já que ele afirma ter tentado entrar em contato com o responsável pela página para que ele se identificasse.
O Instagram também não atendeu às denúncias do pai e a conta segue ativa. Entre as publicações do perfil fake, há vaquinhas e lives pedindo doações em nome do pai da criança.
Relembre o caso
Em março deste ano, Henry Borel, de 4 anos, havia passado o final de semana com o pai, o engenheiro Leniel Borel de Almeida. Por volta das 19h do dia 7 de março, ele deixou a criança no condomínio onde morava a mãe do menino, Monique Medeiros, que havia se mudado para viver com o novo namorado, o vereador Dr. Jairinho, com quem começou um relacionamento em outubro de 2020.
Câmeras de segurança registraram a chegada do garoto, sem nenhum problema de saúde aparente.
De acordo com as investigações, na madrugada do dia 8/3, Jairinho e Monique levaram o menino ao Hospital Barra D’Or, na Barra da Tijuca, onde relataram que a criança apresentava dificuldade respiratória. O casal então ligou para o pai do garoto para relatar o ocorrido.
Leniel foi, então, até a unidade de saúde e encontrou os médicos tentando reanimar a criança. Orientado pelos profissionais do hospital, o pai do menino abriu uma ocorrência na 16ª DP para entender o que aconteceu com o filho. A morte do menino ocorreu ainda no dia 8.
O laudo da necropsia de Henry indicou sinais de violência e a causa da morte foi hemorragia interna e laceração hepática causada por uma ação contundente.
No documento, a perícia constatou múltiplos hematomas no abdômen e nos membros superiores; infiltração hemorrágica na parte da frente, lateral e posterior da cabeça; edemas no encéfalo; grande quantidade de sangue no abdômen; contusão no rim à direita; trauma com contusão pulmonar; laceração hepática (no fígado); e hemorragia retroperitoneal.