Número de brasileiros em Israel que pedem repatriação ao governo Lula chega a 1.700

Desistências, comuns a situações como essa, não são descartadas

O número de brasileiros em Israel que recorreram ao governo Lula para pedir a sua repatriação se multiplicou nas últimas horas e já chega a 1.700.

No domingo, o Ministério das Relações Exteriores contabilizava 519 solicitações. Na manhã desta segunda-feira (9), o número saltou para 1.200 —e, em seguida, chegou aos 1.700 pedidos.

O governo, contudo, trabalha com a possibilidade de desistências, já que é comum, em situações como essas, que as pessoas reflitam e optem por permanecer no país em que se encontram.

A ação terrorista do grupo fundamentalista Hamas foi o maior ataque a Israel em 50 anos, com incursões por terra, ar e água —que geraram críticas à inteligência de Tel Aviv.

No sábado (7), o ataque surpresa lançou mais de 5.000 foguetes e incluiu o sequestro de civis e militares, além de massacres indiscriminados. A ação, segundo o Hamas, foi motivada por “ataques crescentes” de Israel contra os palestinos e deixou pelo menos 700 mortos; mais de cem israelenses são hoje reféns.

Como resposta, o governo do primeiro-ministro Binyamin Netanyahu lançou bombardeios em Gaza —que resultaram em mais de 400 mortes— e lançou um plano para retirar civis das regiões de fronteira. O movimento pode ser visto como preparação para uma incursão por terra em território palestino.

Segundo o Itamaraty, há pelo menos três brasileiros desaparecidos.

O governo definiu que o aeroporto de Tel Aviv será um dos utilizados para os resgates. Ainda são discutidos outros locais para o embarque de brasileiros em outras regiões do Oriente Médio.

Por ora, as aeronaves à disposição são dois KC-30 (capacidade de 230 passageiros) e outros dois KC-390 (80 passageiros). Os aviões VC-2 da presidência transportam cerca de 40 passageiros.

Por Mônica Bergamo, com Bianka Vieira, Karina Matias e Manoella Smith 

 

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