Mundo não sobrevive sem agricultura brasileira, diz diretora-geral da OMC
Representantes do setor apresentaram uma carta à diretora-geral da OMC
A diretora-geral da OMC (Organização Mundial do Comércio), Ngozi Okonjo-Iweala, disse, em reunião com a FPA (Frente Parlamentar da Agropecuária) nesta segunda-feira (18/4), que o mundo não sobrevive sem a agricultura brasileira.
“Eu sei que o mundo não sobrevive sem a agricultura brasileira. Precisamos pensar nos desafios futuros, não só do Brasil, mas do mundo todo”, disse Ngozi.
A reunião aconteceu após o presidente Jair Bolsonaro (PL) pedir ajuda à OMC para garantir uma espécie de “salvo-conduto” ao fluxo de fertilizantes importados de países que sofreram sanções econômicas e financeiras por causa da guerra na Ucrânia.
Os alvos das medidas restritivas são a Rússia e Belarus, dois dos principais exportadores dos insumos ao agronegócio brasileiro. Desde o início da guerra, provocada pela invasão militar russa à Ucrânia, o governo Bolsonaro lançou um plano nacional de fertilizantes e tenta obter fornecedores alternativos para evitar impactos na produção de alimentos no campo e inflação.
“Estou animada sobre o que o Brasil tem a dizer sobre a área ambiental e as tecnologias produtivas com potencial de descarbonização”, disse ainda Ngozi.
Durante o encontro, parlamentares da base do governo defenderam práticas de sustentabilidade, para rebater a impressão de que a produção do Brasil não é sustentável.
Representantes do setor apresentaram uma carta à diretora-geral da OMC com demandas do grupo pedindo também proatividade contra o que chamaram de “crescente onda de protecionismo exagerado no mercado”.