Mulher que foi vítima de estupro durante o parto fala pela primeira vez
Ela foi vítima do médico anestesista Giovanni Quintella Bezerra, que está preso
Após um mês, a mulher que foi vítima de estupro pelo médico anestesista Giovanni Quintella Bezerra no momento em que dava à luz, falou pela primeira vez. Em entrevista ao Fantástico, divulgada na noite desse domingo (14/8), ela contou o que lembra do dia em que o crime ocorreu.
Ao lado do marido, a mulher falou sobre o trauma e a tristeza de ter que conviver com o dia que era para ser de alegria transformado em trauma e dor.
“Em vez de eu sair pela porta da frente, com meu filho no colo, eu saí pelos fundos do hospital, escondida, com vergonha”, afirmou.
Ela ainda contou que foi informada sobre o crime pela irmã. Segundo a vítima, o diretor do hospital pediu que ela tivesse ciência do que aconteceu enquanto ainda estava na unidade.
Durante a entrevista a mulher se emociona e conta as lembranças do dia.
“eu cheguei a dizer que estava enjoada e com vontade de vomitar. Ele me disse que estava monitorando e que estava tudo bem. Ele chegou a deixar uma gaze ao lado da minha cabeça na maca.”, relembra.
Em outro momento, ela revelou que após o parto, quando foi retornando da anestesia, ela sentiu que tinha algo na boca, mas que nao era vômito. Segundo a mulher, era uma espécie de gosma e que tentou cuspir, mas não conseguiu porque não viu a gaze ao lado.
A mulher ainda contou que se sentiu estranha e diferente das experiências que teve em partos anteriores.
Segundo a polícia, a gaze foi utilizada por Giovanni para limpar a vítima após o estupro. Tudo foi gravado por câmeras de um telefone deixado no local por enfermeiras. Elas desconfiaram das atitudes do médico e decidiram gravar o que ocorria na sala de parto.
O médico
Giovanni Quintella Bezerra segue preso preventivamente no Complexo de Bangu, em uma cela individual, por ter curso superior, e isolado dos outros detentos, por questão de segurança.
Ele está impedido de exercer a medicina enquanto corre a sindicância aberta pelo Conselho Regional de Medicina. O processo está em sigilo.