Máscara continua obrigatória na cidade de São Paulo
Plano de flexibilização será apresentado pelo prefeito Ricardo Nunes (MDB) nesta quarta
A Prefeitura de São Paulo anunciou nesta quarta-feira (10) que o uso da máscara continua obrigatório na capital em todos os lugares abertos e fechados ao menos até ao menos 5 dezembro.
A manutenção das máscaras faz parte de um plano de flexibilização que será apresentado pelo prefeito Ricardo Nunes (MDB) nesta quarta, com base em um segundo rastreamento de casos na cidade de São Paulo.
A data é posterior ao anunciado pelo governo estadual, que anunciou, no dia 3 deste mês, que o uso das máscaras começaria a ser flexibilizado a partir do dia 1º de dezembro, decisão que pode ser antecipada ou postergada, dependendo dos indicadores da pandemia.
Na última segunda-feira (8), o estado de São Paulo não registrou nenhuma morte por Covid-19, fato inédito desde o início da pandemia.
A intenção original da gestão Nunes (MDB) era a de liberar o uso obrigatório de máscaras já a partir do dia 15 de outubro. A ideia foi abortada três dias depois, após um estudo revelar a necessidade de manutenção do dispositivo. A justificativa foi a alta taxa de contágio à época.
Assim como no dia 18 de outubro último, a opção por manter as máscaras em todos os lugares abertos e fechados também é resultado de um novo estudo divulgado que está sendo apresentado na manhã desta quarta com a presença de Nunes e também do secretário municipal de Saúde, Edson Aparecido.
A decisão da Prefeitura de São Paulo ocorre dois dias após os municípios do ABC (formado pelas cidades de Santo André, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul, Diadema, Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra), decidirem manter a obrigatoriedade do uso das máscaras até ao menos o dia 31 de dezembro deste ano, inclusive em locais abertos.
O primeiro estudo analisou 16.589 casos de pessoas com síndrome gripal que foram atendidas entre os dias 13 de setembro a 24 de setembro. Destas, 2.359 testaram positivo para a Covid-19, numa taxa de positividade de 14,2%.
O estudo denominado RastCov Sampa (Rastreamento e Testagem de Contatos de Covid-19) também havia indicado que 42,2% das pessoas que tiveram contato com pessoas contaminadas pela Covid-19 também desenvolveram a doença, mesmo estando em casa e, a maior parte delas, vacinada.
Por outro lado, um outro estudo revelado pela Folha nesta quarta-feira indica que 81,8% da população com mais de 18 anos já vacinada contra a Covid-19 desenvolvessem anticorpos neutralizantes contra o coronavírus em setembro, quando 6 em cada 10 adultos já tinham recebido ao menos uma dose do imunizante.
Por Clayton Freitas